Irmã de ‘kid preto’ preso tenta mandar eletrônicos dentro de panetone e Moraes proíbe visitas

O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, um dos presos em plano golpista que envolvia assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (30) a suspensão de visitas ao tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, investigado por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A decisão ocorreu após a irmã do militar ser flagrada tentando introduzir equipamentos eletrônicos no batalhão onde ele está detido, em Brasília.

Segundo relato das autoridades, a irmã de Azevedo tentou esconder um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória dentro de uma caixa de panetone. Durante a revista, o detector de metais indicou a presença de objetos suspeitos, levando os agentes a inspecionarem o conteúdo. Os equipamentos foram apreendidos e encaminhados ao Pelotão de Investigações Criminais (PIC).

O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo é parte da divisão conhecida como “kids pretos”, ou Forças Especiais do Exército, composta por militares da ativa ou da reserva especializados em operações táticas. Ele foi preso em novembro durante a operação Contragolpe da Polícia Federal e transferido para Brasília no início de dezembro, após autorização do STF.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: reprodução

As investigações indicam que Azevedo, então lotado no Comando de Operações Especiais em Goiânia, teria utilizado dispositivos eletrônicos para planejar ações golpistas em 2022, com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário.

Segundo a Polícia Federal, ele participou de comunicações codificadas por aplicativos para arquitetar um plano de ação.

Além de Azevedo, outros membros das Forças Especiais foram presos sob suspeita de envolvimento em atividades golpistas. Entre eles, os tenentes-coronéis Ferreira Lima e Rafael Oliveira, e o general Mário Fernandes, alvos de uma operação da PF em fevereiro deste ano.

As investigações apuram ainda possíveis planos de assassinato envolvendo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes.

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