Globo repete fake news da Folha sobre estatais e Rogério Correia detona: ‘Velha lorota’

deputado federal Rogério Correia (PT-MG) falando em microfone, sério
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) – Reprodução

Na noite desta segunda-feira (30), o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou sua página no X/Twitter para criticar a TV Globo, que repetiu uma fake news publicada pela Folha de S.Paulo no último fim de semana. O parlamentar afirmou que a emissora carioca segue se posicionando “pró-mercado” e divulga informações de déficits que não correspondem aos dados oficiais.

“A Globo voltou a inventar e apresentar ‘especialistas’ com frases feitas pró mercado. Agora estão martelando déficits nas estatais que não correspondem aos dados”, iniciou o petista.

Rogério Correia completou: “Na verdade é a posição do capital financeiro e a velha lorota para justificar a privataria e serve também para criticar o aumento real do salário mínimo e o plano de valorização dos servidores e serviço público. Tudo para o MERCADO e nada para o POVO. A Globo sendo a Globo”.

Antes de Correia, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, já havia criticado a reportagem da Folha de S.Paulo sobre um déficit recorde nas estatais durante o governo Lula: “É mentira da Folha a matéria ‘Sob Lula 3, déficit de estatais atinge recorde de 15 anos’”.

Para sustentar sua crítica, a deputada destacou dois pontos principais: o lucro de R$ 197,9 bilhões registrado pelas 44 estatais federais em 2023 e o fato de que o jornal excluiu grandes empresas como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa e BNDES de sua análise. Segundo ela, o suposto déficit é, na realidade, o resultado dos investimentos dessas empresas em suas funções sociais e econômicas.

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli, também foi às redes sociais para desmentir a Folha. “Ontem a Folha de S. Paulo publicou uma matéria dizendo que as estatais brasileiras […] são na prática um desastre e que elas deram um prejuízo de R$ 5,1 bilhões nos últimos 12 meses”, iniciou.

“E hoje, em editorial, a mesma Folha diz que o governo só está fechando as contas deste ano porque está recebendo lucro das estatais. O governo recebeu R$ 50,5 bilhões de lucro das estatais. É prejuízo ou é lucro?”, questionou ele.

A edição do Jornal Nacional que foi ao ar nesta segunda (30) exibiu uma reportagem sobre um “rombo de R$ 6 bilhões acumulado pelas estatais federais de janeiro até novembro”. De acordo com a ex-vênus platinada, este é “o pior resultado para esse período desde o início da atual série histórica, em 2009”.

O Conexão GloboNews ouviu o economista Cláudio Frischtak, que avaliou que esse resultado negativo reflete não apenas “o uso de parte de recursos em investimentos, como diz o governo, mas também má gestão”.

“Infelizmente, a maior parte das nossas estatais, direto ou indiretamente, elas são objetos de barganha política, são objetos de captura política, e essa é a razão, uma das razões, que elas dão prejuízo. Vamos fazer uma análise de custo benefício”, iniciou.

Frischtak continuou: “A taxa social de retorno, dos recursos gastos pelo governo, somos nós. Isso vai bater na gente. Assim, são taxas sociais de retorno negativas. Não é verdade que isso daí representa apenas investimentos, representa má gestão. Sim, representa prejuízo na veia do contribuinte”.

“Os Correios é uma empresa que deveria ter sido privatizada, foi retirada do programa nacional de desestatização. Uma ação incorreta do governo, e ela hoje está gerando prejuízo. Ela não tem como competir, ela não tem flexibilidade. Ela está sob a égide do direito público, enquanto outras empresas que competem com os Correios, os segmentos que podem competir, que uma parte é monopólio, essa empresa que está sob a égide do direito privado, tem muito mais flexibilidade”, opinou o economista.

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