BC aprova aquisição de corretora brasileira pela Binance

O Banco Central autorizou, na virada do ano, a aquisição pela Binance da corretora brasileira Sim;paul, anunciou a plataforma de criptomoedas nesta quinta-feira (2). Com o aval do BC, a exchange se torna a primeira do País com uma licença de corretora de valores mobiliários – há, no entanto, outras com licença de Instituição de Pagamento.

A Binance aguardava liberação regulatória desde março de 2022, quando anunciou a negociação com a Sim;paul. A corretora detém licenças de emissão de moeda eletrônica (EMI) e distribuição de valores mobiliários concedidas pelo BC, ativos que , segundo a Binance, ajudam a empresa a “ser mais eficaz no cumprimento dos avanços regulatórios” em andamento”.

“A aprovação recebida no Brasil ressalta nosso compromisso com a conformidade e a segurança, e continuaremos a oferecer aos nossos usuários locais uma plataforma segura, confiável e inovadora para atender suas necessidades de criptoativos”, destacou Richard Teng, CEO da Binance, em nota.

A aquisição da Sim;pau, que tem sede em Porto Alegre, vem antes de a legislação brasileira obrigar plataformas de criptomoedas a terem representação física no País. As regras que irão nortear o mercado ainda estão em debate em consultas públicas do BC, mas um Projeto de Lei aprovado na Câmara propõe exigir sede no Brasil para exchanges que atuem em território nacional, mesmo antes da instituição do regime de licenças do BC. O PL ainda será avaliado no Senado, e aguarda definição de relator.

“Esta licença representa um marco significativo no compromisso contínuo da Binance de expandir seus produtos e serviços no Brasil”, comenta Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina.

A Binance ainda é maior exchange de criptoativos do mundo, mas viu a distância para seus rivais diminuir ao longo do último ano, desde que pagou uma multa histórica e seu então CEO, Changpeng Zhao, foi preso como parte de um acordo com reguladores americanos.

Segundo dados da CCData, a Binance registrou em outubro de 2024 um market share de 36,6% entre negociações nos mercados à vista e de derivativos, o menor patamar desde 2020 – coincidentemente, na última vez em que o Bitcoin iniciou uma disparada na sequência de um longo “inverno”.

Dados atualizados do agregador de dados CoinGecko mostram que a Binance tem 70 milhões de visitas mensais, contra 60 milhões da americana Coinbase. A diferença de volume movimentado, no entanto, é grande, com a Binance registrando cerca de 2,8 vezes mais que a segunda colocada.

“As pessoas falam sobre mudanças no nosso market share, mas lembrem-se: a adoção global de cripto é de apenas 1-2%, há espaço para todos”, disse o executivo global da Binance, Vishal Sacheendran, em entrevista recente ao InfoMoney.

The post BC aprova aquisição de corretora brasileira pela Binance appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.