Milei manda fechar museu com memórias da ditadura na Argentina

O presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O governo da Argentina, chefiado pelo presidente de extrema-direita Javier Milei, mandou fechar o Centro de Memória Cultura Haroldo Conti, um dos maiores museus contra a ditadura militar no país. A determinação partiu de Alberto Baños, secretário de Direitos Humanos.

Os funcionários do museu receberam uma mensagem na última terça (31) com a informação de que as atividades seriam encerradas. “A Secretaria de Direitos Humanos informa a todos os funcionários do Centro Cultural Haroldo Conti que o mesmo estará fechado a partir de 2 de janeiro de 2025”, diz o comunicado.

A determinação do secretário entrou em vigor na última quarta (2). O museu trazia memórias do período e promovia atividades de teatro, literatura, dança, fotografia e educação.

Centro Cultural de Memória Haroldo Conti. Foto: Reprodução

O local foi construído em 2008 onde funcionava a Escola da Marinha Mecânica (Esma), utilizado como campo de detenção e extermínio durante a ditadura argentina. O nome do museu é uma homenagem ao escritor argentino Haroldo Conti, sequestrado em 1976, quando militares comandavam a Argentina.

O governo Milei alegou que o fechamento faz parte de uma “reestruturação” do local. O mandatário argentino foi eleito com discurso de usar uma “motosserra” para acabar com gastos públicos e a medida serve para reduzir custos de sua gestão.

O encerramento das atividades do museu gerou críticas de organizações de direitos humanos, ativistas, opositores e artistas. A instituição é apontada como um símbolo de resistência e memória histórica por diversos argentinos.

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