“Colapso dos EUA”: a motivação de soldado que explodiu Tesla em hotel de Trump

Tesla explodido em frente ao hotel de Trump. Foto: reprodução

O sargento do Exército dos EUA, identificado como Matthew Alan Livelsberger, de 37 anos, era veterano de múltiplas missões de combate e foi diagnosticado com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Ele explodiu uma Tesla Cybertruck carregado de explosivos na entrada do Trump International Hotel em Las Vegas. O caso ocorreu na manhã de Ano Novo, deixando sete feridos, além de sua morte.

Em notas recuperadas, Livelsberger classificou o ato como um “chamado de alerta” ao país e expressou descontentamento com guerras “sem objetivos claros”, além de descrever o país como “caminhando para o colapso”. “Os americanos só prestam atenção a espetáculos e violência. Que melhor maneira de passar minha mensagem do que uma ação com fogos de artifício e explosivos?”, escreveu em um aplicativo de notas.

Autoridades confirmaram que ele elogiava o presidente eleito Donald Trump e estava em licença após servir na Alemanha. Segundo a polícia, Livelsberger alugou o Tesla em Denver no dia 28 de dezembro, dirigindo até Nevada. O veículo, carregado com fogos de artifício e intensificadores de combustível, também continha duas pistolas semiautomáticas compradas legalmente dois dias antes.

Após a explosão, bombeiros localizaram documentos de identificação militar e um passaporte no local. “Isso não foi um ataque terrorista, mas uma ação com objetivos políticos e pessoais”, afirmou o subxerife Dori Koren.

Matthew Livelsberger, motorista do Tesla Cybertruck que explodiu em frente ao Trump Hotel. Foto: reprodução

No veículo, os bombeiros ainda encontraram duas pistolas semiautomáticas e documentos que identificavam o sargento. O armamento foi comprado legalmente dois dias antes da ação, além de uma coleção de fogos de artifício e intensificadores de combustível.

Em uma das notas encontradas no celular de Livelsberger, ele escreveu: “Por que eu, pessoalmente, fiz isso agora? Eu precisava limpar minha mente dos irmãos que perdi e me livrar do peso das vidas que tirei”. Em outra anotação, também encontrada pela investigação, ele afirmou que “masculinidade é boa e os homens devem ser líderes”.

A ex-enfermeira do Exército Alicia Arritt, que namorou o sargento em 2018, disse que ele era uma pessoa generosa, com tendências conservadoras, mas raramente político de forma explícita. “Ele precisava de ajuda, e tinha medo de pedi-la […] o que é muito comum para os caras que fazem o trabalho dele”.

Depois de anos em missões, disse ela, ele lutava com problemas de saúde mental que tentava esconder para continuar servindo nas Forças Especiais.

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