Pochmann ataca o “negacionismo científico”: “Defendem o declínio da autoridade estatística”

Marcio Pochmann, presidente do IBGE. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

O professor e economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atacou novamente o chamado “negacionismo científico”. Recentemente, supostos especialistas em economia usam dados descontextualizados para atacar o Bolsa Família e ignoram os números que mostram os reais benefícios do programa de redistribuição de renda.

Em publicação feita no X, antigo Twitter, neste sábado (4), ele argumenta que a “cegueira da realidade imposta pelo negacionismo científico torna as estatísticas vulgares e potencialmente ofensivas”. Leia:

A criação dos institutos nacionais de estatísticas a partir da segunda metade do século 18 na Europa colocou luz à governança de populações e territórios com a prática de políticas públicas a partir das evidências observadas.

Vencido o conjunto de obstáculos impostos pelo negacionismo científico vigente no Brasil monárquico, a realização do primeiro Censo Demográfico de 1872 expôs a realidade distinta daquela difundida pela elite do Império.

Até então, o Brasil do obscurantismo era descrito como europeu, formado por população branca e alfabetizada.

A realidade nacional revelada pela Diretoria-Geral de Estatística criada em 1872 apontou, contudo, um país com 2/3 de população não branca, 85% de analfabetos, 15% de escravos e o tupi guarani como a língua mais conhecida.

Nos dias de hoje, o negacionismo científico defende o declínio da autoridade estatística nacional propagando a “pós-verdade” e o arbítrio contra a democracia.

Exemplos não faltam para as tentativas de ocultação da realidade nacional. Pela revista Nature Medicine, periódico científico de referência internacional, encontra-se o importante estudo coordenado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), em parceria com o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz) e o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal).

No estudo científico é revelado que o programa Bolsa Família reduziu em até 65% o número de mortes por tuberculose no Brasil.

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