Nova autoridade de ética dos EUA começa a avaliar novos funcionários de Trump

A principal autoridade de ética dos Estados Unidos encarregado de impedir conflitos de interesses entre funcionários do governo está prestes a assumir a posição central em Washington, enquanto o novo gabinete do presidente eleito Donald Trump e outros nomeados declaram seus ativos financeiros e se preparam para os seus novos empregos.

“Estamos em contato com a equipe de transição e trabalhando junto a eles”, disse recentemente David Huitema em conversa com a Reuters em sua primeira entrevista oficial desde que assumiu o cargo, em 16 de dezembro. A posse será em 20 de janeiro.

Especialistas em ética dizem que o diretor do Gabinete de Ética Governamental, ou OGE, está no centro das atenções durante qualquer transição presidencial, mas Huitema enfrenta desafios especiais antes do segundo mandato de Trump, avaliando uma infinidade de laços comerciais para Trump, sua família e assessores.

Os especialistas relembram a curta e difícil gestão de Walter Shaub, última pessoa a ocupar o cargo quando Trump entrou na Casa Branca, e apontam que vários dos últimos nomeados de Trump expressaram desdém pelas agências que iriam dirigir.

Depois de nove anos como chefe de ética no Departamento de Estado dos EUA, Huitema vai liderar a tarefa padrão do OGE de ajudar a examinar minuciosamente dezenas de novos indicados avaliados pelo Senado e milhares de indicados políticos para possíveis conflitos financeiros e pessoais.

Se ele fizer bem o seu trabalho, há boas chances de que Huitema seja demitido rapidamente, alertou Shaub em uma carta aberta no mês passado. Huitema disse à Reuters que confia nas intenções da maioria dos novos membros do governo.

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