“Tentaram acabar com o cinema”, diz Marcelo Rubens Paiva ao falar do prêmio de Fernanda Torres

Marcelo Rubens Paiva, de cadeira de rodas, ao lado de Fernanda Torres, do cineasta Walter Salles e Selton Mello. Foto: reprodução

O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que inspirou o filme de Walter Salles, usou as redes sociais para comemorar  a premiação de Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz de Drama no Globo de Ouro 2025.

“Tentaram acabar com o cinema brasileiro, criminalizar leis de incentivo à cultura, mas nós ainda estamos aqui”, escreveu no X, antigo Twitter, em referência aos ataques do governo Bolsonaro a programas como a Lei Rouanet.

A obra, escrita por ele, conta a história de sua família, vítima da Ditadura Militar. Nas telonas, Selton Mello interpreta Rubens Paiva, pai do autor, um deputado federal que foi sequestrado, torturado e assassinado pelo governo fascista da época. Fernanda Torres é Eunice Paiva, viúva do parlamentar que mantém a família esperançosa enquanto tenta descobrir o paradeiro do marido.

Na comemoração de Marcelo, ele fez questão de lembrar a atriz e outras personalidades do cinema brasileiro que resistem aos ataques da extrema-direita para produzir cultura no cinema, nas TVs e nos teatros: “Eles se vão, a gente fica! Viva Fernanda Torres e Montenegro, Sônia, Marília, Glauber, Nelson, Babenco, Walter, Meirelles, Padilha, Kleber, Karim, Anselmo e tantos…”.

Ainda cheio de simbolismo, o escritor escolheu um frame que mostra a admiração das atrizes mundialmente famosas por papéis em Hollywood reagindo à premiação de Fernanda Torres. Angelina Jolie, Nicole Kidman, Pamela Anderson, Tilda Swinton e Kate Winslet estão na tela dividia com a brasileira.

Antes da cerimônia, Torres confessou que não tinha esperança de vencer o prêmio: “A chance de alguém falando português levar um prêmio desse tamanho é praticamente nula”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.

Mais cedo na cerimônia, o filme “Ainda Estou Aqui” concorreu, mas não levou o prêmio na categoria de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa. O prêmio foi concedido ao filme francês “Emilia Pérez”, que se destacou por contar a história de uma advogada mais interessada em lavar dinheiro para um cartel do que servir a lei.

Apesar de ser inscrito pela França, e se passar no México, a produção foi repleta de estrelas estadunidenses, como a cantora Selena Gómez e Zoë Saldaña.

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