Imposto de Renda 2025: Sem aprovação da reforma, faixa de isenção fica congelada por mais um ano

A tabela progressiva segue congelada para o Imposto de Renda 2025, afetando contribuintes que recebem mais de R$ 2.824 por mês, pouco menos de dois salários mínimos.

A reforma prometida pelo governo, que elevaria a faixa de isenção para R$ 5 mil, foi adiada e só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025.

O governo havia planejado a reforma como parte da segunda fase da tributação, propondo uma alíquota de 10% sobre rendimentos mensais superiores a R$ 50 mil para compensar o impacto fiscal da ampliação da isenção.

No entanto, “inconsistências” nos cálculos apresentados pela Receita Federal levaram ao adiamento, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mudanças previstas na reforma

A última elevação do piso da tabela progressiva ocorreu em fevereiro de 2024, quando o limite de isenção subiu de R$ 2.640 para R$ 2.824.

Esse valor é garantido atualmente por meio de um desconto simplificado de R$ 564,80 aplicado à base de cálculo, já que o teto oficial da faixa de isenção é de R$ 2.259,20.

Quem recebe até dois salários mínimos continua isento, desde que opte por esse desconto simplificado.

Caso o contribuinte tenha direito a deduções maiores, como despesas com saúde, educação, dependentes ou pensão alimentícia, as regras atuais permanecem inalteradas.

A tabela progressiva do Imposto de Renda 2025

A tabela progressiva do IR continua sem mudanças significativas desde 2015, salvo os ajustes feitos na faixa de isenção em 2024. Confira os valores mensais aplicados atualmente:

  • Até R$ 2.259,20: isento
  • De R$ 2.259,21 a R$ 2.826,65: alíquota de 7,5% e dedução de R$ 169,44
  • De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05: alíquota de 15% e dedução de R$ 381,44
  • De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68: alíquota de 22,5% e dedução de R$ 662,77
  • Acima de R$ 4.664,68: alíquota de 27,5% e dedução de R$ 896,00

Impactos do adiamento

A proposta de reforma do IR, inicialmente prevista para ser votada junto ao pacote de corte de gastos aprovado em dezembro de 2024, ficou para 2025.

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Caso o Orçamento seja aprovado em fevereiro, o governo estima enviar o texto da reforma no mesmo mês ou no início de março.

Enquanto isso, a ausência de mudanças na tabela penaliza contribuintes que recebem acima de dois salários mínimos, que continuam sujeitos à tributação.

A reforma do IR é aguardada como um passo importante para modernizar a tabela e torná-la mais justa, mas enfrenta dificuldades técnicas e políticas para sua implementação.

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