Prerrogativas irá acionar MPF contra Nikolas Ferreira por vídeo sobre Pix

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) no vídeo em que espalha fake news sobre transferências via Pix. Foto: Reprodução

O grupo de advogados Prerrogativas está preparando representações contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no Ministério Público Federal (MPF) e no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A iniciativa é uma resposta ao vídeo publicado pelo bolsonarista, que viralizou nas redes sociais, sobre as regras de fiscalização do Pix.

Segundo o grupo, Nikolas difundiu estímulos à sonegação fiscal e agiu contra a fiscalização tributária, o que motivou a articulação com a bancada do PT para pedir a cassação de seu mandato. Além disso, o grupo avalia possíveis medidas na esfera criminal.

“Ele não está à altura da confiança depositada por milhares de brasileiros nas últimas eleições. É uma postura extremamente grave, e temos que tomar uma medida pedagógica”, afirmou Marco Aurélio de Carvalho, advogado e coordenador do Prerrogativas à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

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Marco Aurélio de Carvalho, advogado e coordenador do Prerrogativas: o grupo de advogados prepara representações contra Nikolas Ferreira. Foto: reprodução

No vídeo publicado nesta quarta-feira (15), Nikolas criticou as novas regras de fiscalização do Pix, que ampliavam o monitoramento de transações acima de R$ 5.000, afirmando que o governo “só está pensando em arrecadar, sem te oferecer nada”.

Ele também alegou que a medida levaria os comércios a parar de aceitar pagamentos por Pix e cartão de crédito. “Todo mundo vai voltar a usar dinheiro vivo. Afinal de contas, ninguém quer trabalhar o mês inteiro para depois o governo vir e morder o seu salário”, disse o parlamentar. Procurado, Nikolas afirmou que os membros do Prerrogativas “estão sem o que fazer.”

Embora Nikolas Ferreira não tenha compartilhado diretamente informações falsas sobre a taxação do Pix, ele sugeriu que eventuais cobranças poderiam ocorrer no futuro. A polêmica ganhou força nas redes sociais e gerou uma onda de desinformação, levando o ministro da Economia, Fernando Haddad, a revogar as normas nesta quarta-feira (15).

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