PM da ativa é identificado como assassino de delator do PCC e é preso em SP

O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, na sexta-feira, 8 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo identificou um policial militar da ativa como autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O PM está entre os alvos da Operação Prodotes, deflagrada nesta quinta-feira (16), que busca desarticular um esquema de envolvimento de policiais com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão na capital e na Grande São Paulo. As investigações apontaram que alguns policiais prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal, configurando associação criminosa, conforme a Lei nº 12.850/13.

A operação teve início após uma denúncia anônima em março de 2024, que indicava vazamentos de informações sigilosas por policiais. O Inquérito Policial Militar, instaurado em outubro de 2024, revelou que integrantes da ativa, da reserva e ex-policiais militares compartilhavam informações estratégicas com o PCC, ajudando membros da facção a evitar prisões e prejuízos financeiros.

Entre os beneficiados pelo esquema estavam líderes do PCC, como Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, conhecido como “Cebola”. A força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) investiga a possível participação de outros envolvidos no esquema e mandantes do assassinato de Gritzbach.

Vinícius Gritzbach

Gritzbach, de 38 anos, foi morto na área de desembarque do aeroporto, na frente de sua namorada e de testemunhas. Ao todo, 29 disparos de fuzil foram efetuados contra ele.

O empresário estava jurado de morte pelo PCC após uma delação em que revelou detalhes sobre a lavagem de dinheiro da facção e extorsões praticadas por policiais civis.

A investigação também constatou que o delator havia passado sete dias no Nordeste antes de sua execução, acompanhado por seguranças particulares, incluindo um policial militar. A força-tarefa afastou policiais envolvidos no caso enquanto as investigações avançam.

Conheça as redes sociais do DCM:

⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.