Soberania americana em jogo: Trump e Xi Jinping falam sobre banimento do TikTok nos EUA

Donald Trump, presidente eleito dos EUA, e Xi, da China. Foto: reprodução

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta sexta-feira (15), manter o banimento do TikTok no país, a menos que a rede social seja vendida para investidores estadunidenses. A decisão vem a poucos dias da entrada em vigor de uma lei que exige a venda da plataforma, justificando preocupações de segurança nacional.

O futuro da plataforma foi tema de uma ligação entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, segundo Jamil Chade, do Uol. O diálogo, considerado um marco diplomático, ocorre em um momento de intensas tensões bilaterais.

O Judiciário acompanhou o posicionamento do governo de Joe Biden, que liderou a pressão contra o TikTok, argumentando que o aplicativo chinês representa uma ameaça à privacidade e à soberania digital dos EUA. A Corte também considerou que a legislação aprovada pelo Congresso não viola a Primeira Emenda, que protege a liberdade de expressão.

A partir de domingo, o TikTok terá apenas duas opções: vender seu controle acionário a empresas estadunidenses ou encerrar suas operações nos EUA.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: AFP

Nas redes sociais, Trump destacou que a conversa abordou questões comerciais, segurança digital e temas globais, incluindo o banimento do TikTok. “Discutimos o equilíbrio do comércio, o Fentanyl, o TikTok e muitos outros assuntos. Minha expectativa é que resolvamos muitos problemas juntos e começando imediatamente”, afirmou Trump.

Apesar do tom conciliador de Trump, a postura de seu futuro secretário de Estado, Marco Rubio, sinaliza um caminho menos amistoso. Durante sua sabatina no Senado, Rubio classificou a China como “a maior ameaça que os EUA já enfrentaram”.

Ele destacou que a dependência das cadeias de fornecimento controladas por Pequim pode colocar em risco a segurança e a economia estadunidense.

O porta-voz da chancelaria chinesa indicou a disposição de Pequim para melhorar o diálogo com o novo governo dos EUA. “Estamos prontos para trabalhar com os EUA para aprimorar o diálogo, gerenciar diferenças e buscar relações estáveis e sustentáveis”, declarou.

No entanto, o discurso de Rubio reforça o posicionamento mais rígido em relação à China. Para ele, os próximos anos definirão o papel global dos EUA frente à ascensão chinesa. “Somos chamados a criar um mundo livre a partir do caos. Não será fácil”, afirmou.

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