Israelenses são reféns, e palestinos são prisioneiros, inclusive as crianças. Por Moisés Mendes

Reprodução do título da coluna de Eliane Cantanhêde no Estadão

Essa foi a manchete do Estadão durante boa parte do domingo:

“Caminhões de ajuda humanitária estão entrando em Gaza pela fronteira com o Egito, e cerca de 90 prisioneiros palestinos devem ser libertados na Cisjordânia por Israel, a maioria mulheres e crianças”

Mulheres e crianças são prisioneiras. Pode? Uma criança pode ser prisioneira? Por ter cometido que crime de guerra? Por que classificar uma criança como prisioneira?

E as israelenses são reféns, porque foram de fato raptadas. Mas as mulheres palestinas foram julgadas? Julgaram as crianças?

Por que o Estadão chama as crianças de prisioneiras, se também elas são reféns? Que crime de guerra cometem as crianças assassinadas por Israel?

Outro detalhe diferencia os dois lados. As primeiras notícias sobre as três reféns libertadas pelo Hamas são de que elas estão sendo encaminhadas a hospitais em Israel.

Do outro lado, os libertados agora por Israel são moradores da Cisjordânia. Quando forem moradores de Gaza, não haverá como encaminhar a hospitais os prisioneiros de guerra palestinos.

Não há como acolher para tratamento de saúde os libertados pelo neonazismo, porque não há mais estrutura hospitalar em Gaza.

Veja essa outra manchete do Estadão.

“Eliane Cantanhêde: Com volta de Trump, Brasil tem escolha de Sofia entre EUA, Brics e os interesses nacionais”

Entenderam? O Brasil deve decidir entre EUA, Brics e seus interesses.

Se optar pelos Brics, contraria seus interesses? É essa a ideia?

É muita vassalagem.

Publicado originalmente no blog do autor

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