Lead Energy: Experiência do cliente vai ser cada vez mais importante no mercado livre

Se os descontos foram o principal atrativo para a migração ao mercado livre num primeiro momento, o próximo foco das comercializadoras deve ser a experiência do cliente.

O fundador da comercializadora Lead Energy, Raphael Ruffato, acredita que a relação das empresas com os consumidores mudará nos próximos anos. Além disso, a sustentabilidade do segmento vai depender da escalabilidade dos negócios e do atendimento.

O preço no ambiente de contratação livre (ACL) pode chegar a ser 30% menor do que o praticado pelas distribuidoras de energia.

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Em busca de melhores condições, 21 mil clientes de todo o Brasil migraram para o mercado livre entre janeiro e novembro de 2024.

Aprimoramento das comercializadoras

Mesmo sem os dados consolidados do ano passado, já se trata de um recorde. Atualmente, comércios e indústrias conectados na média e na alta tensão podem migrar.

Para Ruffato, as comercializadoras terão que aprimorar processos internos e oferecer vantagens para lidar com as demandas dos clientes. Ele considera que os descontos são importantes na retenção do consumidor, mas ressalva: “a economia é um meio, mas não é um fim”.

Descontos na conta de luz de até 35% para empresas e 20% para consumidores

“O consumidor quer simplicidade. Ele quer esquecer dessa conta. Hoje eu tenho uma conta de telefone e pago um determinado valor. O que acontece? Eu não fico me preocupando como antes ‘será que eu fiz determinada ligação?’. Isso não acontece mais”, disse.

As comercializadoras trabalham com a possibilidade de que a migração para o mercado livre seja disponível para todos os consumidores até 2030, incluindo os de baixa tensão, como os residenciais. Enquanto isso, caberá às empresas se prepararem para atender a essa potencial carteira de clientes em larga escala.

Relacionamento

“Só vai ser possível conseguir viabilizar tudo isso se os processos de ‘backoffice’ forem otimizados. Não faz sentido ter que ter ali 100 pessoas para atender mil clientes. Você tem que ter uma quantidade interessante de pessoas que atendam milhares de clientes, como acontece hoje com o Uber, com o iFood, com outros mercados”, afirmou.

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Ruffato cita empresas de tecnologia que atuam em outros segmentos para destacar a necessidade de que as comercializadoras aprimorem o relacionamento com o público.

“Acredito muito que a forma com que a gente leva a informação para esse consumidor e a simplicidade disso, como fez o Nubank, o Airbnb, o Uber, é o caminho para o setor de energia”, complementou.

A Lead Energy foi fundada em 2020 e tem como foco reduzir a conta de energia de empresas que gastam acima de R$ 5 mil.

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Idealizada como uma energytech, a empresa aposta na simplificação de processos para crescer, além de trazer vantagens para os consumidores.

Entre os benefícios estão o ‘cashback’ e o programa de afiliados, disponível para quem indicar novos clientes para a empresa.

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