America First: Como Trump e a Heritage Foundation querem moldar o futuro

Donald Trump, recém-eleito presidente dos EUA – Foto: Reprodução

 Por Efraim Neto

No último dia 20 de janeiro, Donald Trump tomou posse para o seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Ele é o segundo presidente na história dos EUA a retornar ao poder após ser derrotado em uma tentativa de reeleição. Com frases de efeito – que exploram o senso comum norte-americano, um jeito explosivo e boquirroto, Trump foi eleito com 312 votos do Colégio Eleitoral e 77.303.573 votos dos americanos.

Partindo da ideia de senso comum, interpretada pelo filósofo esloveno Slavoj Žižek, como um dos principais veículos da ideologia que funciona buscando manter o status quo, é possível identificar nas frases de Trump a verbalização de um imaginário popular que pretende firmar o American Way of Life. Em seu discurso de posse, é fácil enxergar tais questões nos seguintes destaques: “restaurar a família como o centro da vida americana e proteger as crianças”; “desmantelar o estado administrativo e devolver o autogoverno ao povo americano”; “defender a soberania, as fronteiras e a riqueza da nação contra ameaças globais”; e “garantir os direitos individuais dados por Deus para viver livremente”.

O início do segundo mandato foi marcado pela formação de seu secretariado, composto por figuras com status equivalente ao de ministros no Brasil. Esse período também foi acompanhado por um discurso assertivo de extrema-direita, repleto de frases de impacto e ações emblemáticas que reforçaram o seu estilo político e o compromisso com as promessas de campanha. Trump deixou claro seu objetivo de usar a estrutura do governo para ampliar a influência dos Aparelhos Ideológicos de Estado, especialmente nas áreas da justiça, educação, religião e economia.

Logo após tomar posse como o 47º presidente, Donald Trump assinou uma ordem executiva declarando estado de emergência na fronteira entre os EUA e o México. Essa medida autoriza imediatamente o envio de militares à região, reafirmando sua prioridade em questões de segurança e imigração desde o início do mandato. E também declarou que vai “retomar o controle” do Canal do Panamá, que pretende acabar com os supostos apoios de Biden à produção de carros elétricos e incentivará a perfuração de petróleo e gás. Reafirmou que os EUA voltarão a ser um país que “expande seu território” e destacou que quer “retomar a liberdade de expressão” no país e acabar com a censura e a perseguição que, segundo ele, ocorrem nos EUA.

Para quem acompanha a política americana, não parece haver grandes novidades em tudo isso. Entretanto, há algo novo nesse processo: a exploração do senso comum, de um imaginário coletivo e a aplicação de métodos narrativos que cativam e envolvem emocionalmente uma parcela do público americano. Boa parte dessa estratégia foi apresentada no Project 2025 – Presidential Transition Project.

Project 2025

O documento Project 2025: Mandate for Leadership é uma iniciativa da Heritage Foundation, contendo sugestões detalhadas para a transição e administração de um novo governo conservador nos Estados Unidos. O documento abrange diversas áreas da administração pública, oferecendo recomendações específicas para cada departamento e agência federal. Nesse seu projeto, é possível identificar uma sequência de estratégias destinadas à implementação na nova gestão de Donald Trump.

Este texto apresenta uma lista de itens do Project 2025, diretamente alinhados às propostas de campanha de Trump e às ações que começaram a ser implementadas a partir do primeiro dia do novo mandato presidencial.

Em seu livro Propaganda, Edward Bernays define a manipulação consciente e inteligente das opiniões das massas como o processo pelo qual formamos a opinião pública e moldamos o comportamento das pessoas. Bernays argumenta que uma minoria informada e organizada utiliza a propaganda como ferramenta para direcionar o comportamento e as crenças das massas. “Quem manipula este mecanismo oculto da sociedade constitui o governo invisível que detém o verdadeiro poder que rege o destino do nosso país.” Essa parece ser claramente a intenção da Heritage Foundation.

Apesar de negar várias vezes ter relação com o projeto, após vencer a eleição de 2024, Trump passou a nomear pessoas com fortes vínculos com a iniciativa da Heritage Foundation para cargos em sua segunda administração. Por exemplo, sua escolha para liderar a Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, foi o autor do capítulo do manifesto dedicado à agência.

Russell Vought, por sua vez, foi nomeado por Trump como diretor do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB). Em sua função, Vought supervisiona a implementação das agendas de política, gestão e regulamentação do presidente em todo o Poder Executivo. O Center for Renewing America (CRA), fundado por Vought, integra o conselho consultivo do Project 2025.

Outra indicação significativa foi Karoline Leavitt como secretária de imprensa da Casa Branca. Leavitt é instrutora do programa de treinamento “Conservative Governance 101” do Project 2025. A coalizão que levou à construção do projeto é composta por mais de 200 ex-funcionários da primeira administração Trump, reforçando a conexão entre o manifesto e o novo governo.

Reforma Administrativa e Redução do Governo Federal

O plano para remodelar o governo dos Estados Unidos propõe uma revisão abrangente do governo federal, incluindo cortes em agências, eliminação de regulamentos considerados excessivos e a substituição de funcionários públicos com inclinações progressistas por aliados políticos e técnicos conservadores.

Durante a sua campanha, Donald Trump popularizou o slogan “drenar o pântano” (“drain the swamp”), comprometendo-se a eliminar a corrupção e a influência de interesses especiais em Washington. Além disso, ele expressou a intenção de desmantelar o “estado administrativo” dos Estados Unidos, buscando reduzir a burocracia governamental, seus custos operacionais e limitar o poder de agências federais.

Elon Musk foi nomeado por Donald Trump para liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), encarregado de implementar uma reforma radical no Estado federal dos EUA, incluindo cortes significativos de funcionários públicos, eliminação de subsídios e desregulamentação.

Elon Musk faz a saudação nazista na posse de Trump – Foto: Reprodução

Neste cenário, foram propostas diversas medidas para diferentes departamentos e agências governamentais. Entre elas, destaca-se a sugestão de consolidar as funções de comunicação externa do Departamento de Segurança Interna (DHS); reestruturar os escritórios de gestão ambiental do Departamento de Energia (DOE); promover reformas no Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD) com o objetivo de reduzir a burocracia e reverter políticas de cunho progressista; e implementar uma ampla reorganização na Agência de Proteção Ambiental (EPA), incluindo a realocação de escritórios regionais para aumentar a acessibilidade e reduzir custos operacionais.

Logo após tomar posse, o presidente Trump anunciou a iniciativa Stargate, uma joint venture entre OpenAI, SoftBank e Oracle, com um investimento inicial de US$ 100 bilhões, podendo alcançar US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos, destinada ao desenvolvimento de infraestrutura de inteligência artificial.

Além disso, foi anunciado um investimento de US$ 20 bilhões para a construção de data centers nos EUA, liderado pelo bilionário Hussain Sajwani, presidente da DAMAC Properties, visando apoiar tecnologias de inteligência artificial e computação em nuvem.

Dessa maneira, ao que tudo indica, tal ação tem como pano de fundo uma forte revisão das questões regulatórias do país, colocando nas mãos do bilionário o poder de escolher empresas e pessoas que devam se relacionar com os interesses do establishment norte-americano. Por essa razão, não é estranho observar o forte alinhamento das Big Techs às ideias e ações de Trump.

No senso comum das empresas que têm interesses em apoiar Trump, existe o entendimento de que muitos processos regulatórios são considerados excessivamente burocráticos e devem ser simplificados, como a emissão de licenças de maneira mais célere; a não imposição de novos padrões de conduta; a substituição de servidores não alinhados aos interesses do estilo American Way of Life; nomeações políticas para garantir que as agências sejam lideradas por indivíduos alinhados com a agenda de Trump; e, talvez, o elemento mais significativo de toda a agenda: a revisão de todas as recomendações internas de fiscalização do governo.

Outra iniciativa central dessa reformulação foi a ordem de Trump para que as autoridades desenvolvessem medidas retaliatórias contra países que impõem impostos ‘extraterritoriais’ sobre multinacionais norte-americanas, reforçando sua estratégia de proteção aos interesses econômicos dos EUA no cenário global.

Políticas de Energia

O Project 2025 defende a expansão da produção de energia doméstica, especialmente petróleo, gás natural e carvão, além da redução de restrições ambientais para impulsionar o setor energético. Essa abordagem é central para a agenda de Trump. O plano propõe a eliminação do Escritório de Demonstrações de Energia Limpa (OCED) e mudanças no Departamento de Energia (DOE).

Durante sua campanha, Trump afirmou que irá priorizar a independência energética dos EUA, propondo aumentar a exploração de combustíveis fósseis e reverter políticas ambientais introduzidas por Joe Biden. Em seus primeiros minutos no cargo, declarou uma “emergência energética nacional” para ajudar a reduzir os preços, uma de suas principais promessas de campanha. “Vamos perfurar, querida, perfurar”, disse ele durante seu discurso de posse.

Os Estados Unidos deixarão novamente o Acordo de Paris. Sob o primeiro governo de Trump, de 2017 a 2021, os EUA já haviam se retirado do acordo, que prevê esforços globais para reduzir o aquecimento global. Em um aceno aos trabalhadores da indústria automobilística, Trump também anunciou que encerrará o mandato que limitava a poluição dos escapamentos de carros e, na prática, incentivava a adoção de veículos elétricos.

Além disso, ele atribuiu o crescimento da inflação ao aumento dos preços da energia. Como solução, prometeu ampliar as perfurações de poços de petróleo e gás para reduzir os custos, reabastecer as reservas estratégicas do país e aumentar as exportações.

Imigração e Segurança Fronteiriça

No quesito imigração e segurança fronteiriça, o documento sugeriu iniciativas com o propósito de assegurar o controle das fronteiras e implementar políticas de imigração mais restritivas. As propostas incluem o fortalecimento das fronteiras dos EUA, como a construção de barreiras físicas e a ampliação das medidas de deportação. Thomas Homan foi escolhido por Trump para ser o responsável pelo controle da imigração ilegal. Ele é um dos autores do Project 2025 e foi bolsista visitante da Heritage Foundation.

Já nas primeiras horas de mandato, Trump anunciou um reforço significativo na segurança da fronteira com o México, adotando uma postura ainda mais rígida em relação à imigração ilegal do que em seu primeiro mandato. Durante sua campanha eleitoral, o republicano identificou a imigração como uma das principais preocupações dos americanos, prometendo mudanças drásticas nas políticas migratórias vigentes.

Em seu novo mandato, Trump propõe medidas ainda mais agressivas. Uma das ações mais polêmicas é a suspensão do uso de um aplicativo que permitia às pessoas solicitar entrada legal nos Estados Unidos. Essa decisão afeta diretamente indivíduos em situação de risco que necessitam de proteção, impossibilitando-os de buscar asilo de forma legal.

“O efeito dessa mudança será aumentar a segurança nacional e a segurança pública — ao mesmo tempo em que reduzirá os custos do governo ao facilitar determinações rápidas de imigração”, informou um comunicado do governo.

Educação

O grupo liderado pela Heritage Foundation propôs que Trump implementasse políticas voltadas à ampliação da liberdade educacional, como a introdução de vouchers escolares, que permitem aos pais direcionar recursos públicos para escolas privadas ou charter. Estas últimas são instituições financiadas com fundos públicos, mas administradas de forma independente, com maior flexibilidade para inovar em currículos e métodos de ensino.

A recomendação também incluiu a limitação da influência de currículos considerados progressistas ou alinhados ao movimento ‘woke’, termo usado para descrever uma consciência social e política voltada para questões como justiça racial, igualdade de gênero e direitos LGBTQIA+. Durante a campanha, Trump reforçou sua intenção de conceder maior poder de decisão aos pais no sistema educacional, posicionando-se contra práticas de ensino que abordem questões de gênero e raça de maneira que ele classificou como doutrinária. Além disso, o ex-presidente declarou apoio ao financiamento de instituições de ensino charter e privadas, defendendo que essas escolas oferecem alternativas de qualidade em relação às opções públicas tradicionais.

Trump prometeu fechar o Departamento de Educação e “devolver” os direitos educacionais aos estados. Embora Trump sozinho não possa eliminar a agência federal, já que tal ação requer aprovação do Congresso com uma maioria simples, especialistas alertaram que qualquer tipo de reforma poderia interromper as funções críticas do departamento, especialmente para alunos marginalizados.

Política Externa

As propostas do Project 2025 enfatizam uma abordagem nacionalista na política externa, priorizando os interesses americanos e limitando compromissos globais excessivos, como gastos com a ONU e apoio a programas climáticos internacionais. Não à toa Trump, menos de 48 horas como presidente anunciou a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) do sistema Nações Unidas e deu passos em direção à renegociação de acordos comerciais e a revisão de compromissos militares internacionais.

O documento em questão aborda diversos aspectos relacionados aos países que compõem os BRICS, especialmente no contexto da competição entre grandes potências, estratégias econômicas e segurança regional. A China e a Rússia são tratadas como os principais concorrentes dos EUA e, declarações da Casa Branca indicam que países do BRICS poderão sofrer taxações caso persistam com planos de desdolarização da economia mundial.

Neste contexto os EUA devem se concentrar na competição com a China e a Rússia, consideradas os principais desafios à presente ordem global liderada pelos americanos. Embora Índia, Brasil e África do Sul não sejam descritos como adversários diretos.

O documento propõe também uma estratégia de contenção à China, semelhante à formulada por George Kennan para a União Soviética. Já em seu discurso de posse, Trump afirmou que o Brasil e a América Latina “precisam mais dos EUA do que os EUA precisam deles”, num claro sinal de equivocada e radical autossuficiência – e mesmo acentuada arrogância do país do Norte — em relação ao resto do mundo mais desenvolvido, alguns em condições de desafiar à tênue hegemonia norte-americana.

O texto também alerta que a América Central e a América do Sul estão se movendo rapidamente para a esfera de influência de atores estatais antiamericanos, incluindo China, Irã e Rússia. Para conter essa tendência, os autores do documento sugerem que os EUA adotem medidas para contrariar a expansão chinesa na América do Sul. O documento defende ainda a implementação do United States Reciprocal Trade Act para equilibrar as tarifas comerciais.

Nomeações para o Judiciário

Em sintonia com as ideias da Heritage Foundation, Trump deve priorizar a nomeação de juízes conservadores para cargos-chave, buscando alinhar a interpretação das leis aos princípios originais da Constituição. Durante seu primeiro mandato, ele nomeou três juízes conservadores para a Suprema Corte, alterando a balança ideológica do tribunal, e continuou defendendo essa estratégia em sua campanha.

O plano da Heritage Foundation prevê que o Departamento de Justiça (DOJ) proteja “zelosamente” os direitos constitucionais de todos os americanos, rejeitando tentativas de limitar essas garantias com base em ideologias políticas. Já no primeiro dia de governo, o DOJ iniciou uma ampla reformulação de liderança, realocando importantes autoridades seniores em várias divisões, em preparação para a esperada confirmação de Pam Bondi como procuradora-geral.

Embora seja prática comum uma nova administração nomear lideranças políticas, a realocação de advogados de carreira, profissionais que tradicionalmente mantêm suas funções independentemente de mudanças no governo, foi uma ação fora do padrão. Trump, contudo, demonstrou insatisfação com investigações conduzidas anteriormente e foi acusado de tentar usar os poderes do DOJ para retaliar adversários, reforçando as tensões em torno de sua relação com a aplicação da lei.

Uma última palavra

A política de “América em Primeiro Lugar” (America First) de Trump está em perfeita sintonia com o Project 2025. A sintonia entre as agendas demonstra um esforço coordenado para promover uma transformação profunda e duradoura na política americana, com foco no fortalecimento dos valores conservadores e na limitação do papel do governo federal. Parte dessas ideias é alimentada pelo senso comum do povo americano e por seu desejo de um estilo de vida sustentado por instintos primários, como a autopreservação.

A centralização de poderes nas mãos de Elon Musk, em conjunto com as diretrizes propostas no Project 2025, simboliza um movimento ousado e arriscado no governo Trump. Musk, como chefe do Departamento de Eficiência Governamental e figura central em projetos de inteligência artificial e infraestrutura tecnológica, terá uma influência sem precedentes na reestruturação do governo americano, especialmente sobre as agências reguladoras do país.

A aliança entre o governo Trump e alguns dos empresários mais influentes do mundo sugere uma abordagem governamental altamente corporativa, com possíveis implicações no favorecimento de interesses privados e na concentração de poder econômico e político. Dentre essas estão as gigantes que reinam nas áreas de tecnologia de ponta, uso massivo de redes sociais e de correios eletrônicos, desenvolvimento de softwares e aplicativos usados diariamente por bilhões de pessoas em todo o mundo, como a Google, a Meta, a Tesla/X, e que lideram o comércio online, como a Amazon, dentre outras.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta. Foto: Reprodução

A implementação de medidas de eficiência administrativa sob o comando de Elon Musk, alinhada à visão conservadora e protecionista de Trump, pode redefinir as relações entre o governo e as empresas americanas. A ênfase na revisão de tarifas comerciais, combinada com o foco na proteção da indústria doméstica americana, pode gerar disputas econômicas e limitar as oportunidades de exportação para parceiros comerciais. De alguma forma, isso influenciará as dinâmicas comerciais globais e gerará novos desafios para economias dependentes de tecnologia, como a brasileira.

Para países como o Brasil, as decisões tomadas por Trump e sua administração podem ter impactos significativos, especialmente na política energética e no comércio. A reorientação dos Estados Unidos para a exploração agressiva de combustíveis fósseis e a saída do Acordo de Paris podem ampliar tensões ambientais e reduzir o ímpeto para parcerias internacionais em energia limpa.

A integração entre o poder do setor privado e o aparato estatal tem o potencial de promover uma transformação significativa, capaz de redefinir tanto as dinâmicas internas dos Estados Unidos quanto seu posicionamento no cenário global. Contudo, essas mudanças, orientadas por uma abordagem nacionalista e centrada no princípio de “América em Primeiro Lugar”, acarretam riscos substanciais. Entre eles, destacam-se a possibilidade de intensificação de conflitos comerciais e geopolíticos, bem como potenciais retrocessos em áreas como a preservação ambiental e a garantia de direitos civis.

O impacto global dessas políticas, especialmente em países parceiros como o Brasil, revela a necessidade de atenção e estratégia para lidar com um cenário internacional cada vez mais complexo e polarizado.

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