Carne podre chegou a ser comercializada como “carne nobre vinda do Uruguai”

Novas informações sobre a investigação do caso envolvendo a revenda de carne podre que ficou submersa nas enchentes de Porto Alegre revelaram que os produtos chegaram a ser comercializados como se fossem “peças de carne nobre vindas do Uruguai”. Segundo o G1, parte da carga de carne foi maquiada e repassada ao mesmo frigorífico que vendeu 800 toneladas do material podre, que deveria ser transformado em ração animal.

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A empresa responsável por comprar e repassar os itens impróprios para consumo é a Tem Di Tudo Salvados, que é de Três Rios, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, existem indícios de que a carne podre foi lavada para tirar resíduos de lama e colocada nas embalagens da marca uruguaia.

No dia 22 de janeiro foi localizada uma peça de picanha, do mesmo lote, sendo comercializada na empresa investigada. Durante a operação realizada nesta semana quatro pessoas foram presas.

Frigorífico de Canoas comprou um dos lotes

Na reportagem publicada foi compartilhado parte do trajeto percorrido pela carne. Após passar meses debaixo d’água no Rio Grande do Sul, o lote foi comercializado para a empresa do RJ que deveria destinar a carne para produção de ração animal.

As peças foram maquiadas e vendidas para um frigorífico de Nova Iguaçu, que revendeu parte dos itens para empresas de Minas Gerais. Coincidentemente, parte da carne foi oferecida ao mesmo produtor de Canoas (RS) que vendeu o lote à empresa do Rio de Janeiro.

Imagens registradas pelo produtor mostraram as peças com aspecto de podre, o que chamou atenção. Ao comparar o lote das embalagens, a empresa confirmou que o produto era a mesma carne perdida durante a enchente.

A polícia segue trabalhando para localizar as demais empresas que adquiriram peças do lote sem saber que eram impróprias para consumo. Para isso, as notas fiscais apreendidas no frigorífico estão sendo utilizadas.

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