Governo Lula traça plano emergencial para reduzir o preço dos alimentos

Lula, presidente do Brasil, planeja ação para reduzir preço dos alimentos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu sua equipe nesta sexta-feira (24) para discutir medidas emergenciais destinadas a aliviar o impacto do aumento no preço dos alimentos no bolso dos brasileiros. O governo busca agir rapidamente, com anúncios previstos já para a próxima semana, em uma tentativa de reverter a baixa aprovação popular, mesmo após um período de crescimento econômico e redução do desemprego.

Segundo Valdo Cruz, da GloboNews, fontes do governo afirmam que as iniciativas a serem implementadas agora terão efeitos imediatos e pontuais. No entanto, interlocutores de Lula alertam que uma redução consistente nos preços dependerá de uma taxa de câmbio mais baixa e de condições climáticas favoráveis.

A equipe econômica está otimista com a recente queda do dólar, impulsionada pela perspectiva de aumento na taxa básica de juros para 13,25% ao ano, que será definida pelo Banco Central na próxima semana. Uma taxa de juros mais alta tende a atrair investidores estrangeiros, o que fortalece o real e ajuda a reduzir os custos de importação de insumos agrícolas e alimentos.

Mesmo com desafios na estabilização da dívida pública, o governo acredita que o cenário internacional pode favorecer o Brasil, desde que não surjam turbulências econômicas decorrentes de ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Brasileiros sofrem com alta no preço dos alimentos. Foto: reprodução

Enquanto a entrada da nova safra agrícola e a ausência de eventos climáticos extremos são apontadas como soluções de longo prazo para a estabilidade dos preços, o governo deve anunciar medidas emergenciais focadas na redução dos custos de distribuição de alimentos.

Uma das iniciativas é a reformulação do cartão alimentação, que passará a ter o benefício depositado diretamente na conta dos trabalhadores. Essa mudança eliminará os custos operacionais, que chegam a 15%, ampliando o valor efetivo do benefício para os usuários.

Outra medida em análise é o aumento do crédito para a agricultura familiar, aliado à ampliação da assistência técnica no campo. Esses passos são considerados cruciais para fortalecer pequenos produtores e aumentar a oferta de alimentos, o que pode contribuir para a redução dos preços no médio prazo.

O governo Lula enfrenta pressão para melhorar o poder de compra da população e recuperar a confiança popular. A adoção de medidas imediatas para conter a alta dos alimentos é vista como fundamental nesse contexto. No entanto, especialistas destacam que soluções sustentáveis dependerão de políticas estruturais, como a desoneração de custos logísticos e o estímulo à produção agrícola.

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