Calotes e despejos: quem são as mulheres que moram em um McDonald’s no RJ

Susane Paula Muratoni Geremia e Bruna Muratori Geremia moram em uma loja do McDonald’s no Leblon (RJ). Foto: Reprodução

Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori Geremia, de 31 anos, estão vivendo há quase três meses em uma loja do McDonald’s no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A informação foi revelada nesta quinta-feira (25) pela CBN.

Bruna se apresenta como brasileira, fala inglês, espanhol e tem conhecimentos em francês. Ela já trabalhou em restaurantes do Rio, como professora de idiomas e atendente de hotel.

No geral, seus empregos duravam poucos meses. O último emprego de Bruna foi como recepcionista em um restaurante do Leblon, de janeiro a março deste ano.

A mãe, Susane, se casou com um homem que atualmente mora no Reino Unido. Eles foram sócios em uma empresa registrada em Porto Alegre, envolvendo comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, além de defensivos agrícolas e adubos.

Segundo a CBN, as duas mulheres costumam alugar apartamentos e, posteriormente, deixam de cumprir o contrato, parando de pagar o aluguel.

Em Porto Alegre (RS), pelo menos dois casos desse tipo foram registrados na Justiça. Em 2017, Suzane e Bruna foram condenadas pelo Tribunal de Justiça do estado por não pagarem o aluguel durante quatro meses. A dívida foi de quase R$ 10 mil.

Susane Paula Muratoni Geremia e Bruna Muratori Geremia. Foto: Reprodução

No Rio de Janeiro, em 2019, já havia processos contra elas por falta de pagamento de aluguel. Em um dos casos, a Justiça condenou ambas e determinou o despejo, por acumularem uma dívida de R$ 13.252,36.

Em outro, a avaliação do juiz foi de que se tratava de um caso hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de arcar com as dívidas. Em todos os casos, a Justiça enfrentou dificuldades para localizar Bruna e Susane para notificações.

Em fevereiro deste ano, uma decisão judicial incluiu os nomes das duas no Serasa.

Segundo um ambulante da região, Susane e Bruna deram um calote em um hotel em Copacabana. “Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, contou o vendedor.

Uma pessoa que trabalhou na gerência do hotel na época confirmou a história, destacando que a direção optou por não denunciar o caso à polícia para evitar exposição.

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