Moraes manda Justiça do PR informar se ex-assessor de Bolsonaro está usando tornozeleira

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu cinco dias para a Justiça do Paraná apresentar um relatório sobre as medidas cautelares impostas a Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é investigado por participação na trama golpista.

O bolsonarista ficou preso por seis meses no ano passado, de fevereiro a agosto de 2024, quando foi solto e obrigado a usar tornozeleira eletrônica, devolver seus passaportes, comparecer semanalmente à Justiça, não acessar redes sociais e não manter contato com os demais investigados.

O magistrado fez a cobrança no último dia 21 e a determinação é uma resposta a um ofício recebido pela Justiça paranaense que questiona se as medidas cautelares impostas ao bolsonarista seguiam em vigor.

O documento foi enviado à 3ª Vara da Comarca de Ponta Grossa (PR) sobre vigência das decisões da Corte. A Justiça paranaense ainda não indicou se o ex-assessor de Bolsonaro descumpriu alguma restrição imposta por Moraes.

Martins foi um dos 40 indiciados pela Polícia Federal pela trama golpista e o responsável por entregar a a minuta de decreto que estabelecia ruptura institucional a Bolsonaro, segundo a corporação. O documento previa a prisão de Moraes.

O ex-assessor ficou conhecido por fazer parte do chamado “gabinete do ódio” e também foi condenado por gesto racista durante audiência do Senado Federal em março de 2021.

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