Contra a inflação, ministro sugere que população substitua laranja por outra fruta: ‘O que se pode fazer?’

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, trouxe um novo foco às discussões sobre a alta no preço dos alimentos no Brasil. Durante entrevista após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele sugeriu que os brasileiros substituam a laranja, que enfrenta aumento expressivo nos preços, por frutas mais acessíveis no momento. A declaração gerou ampla repercussão, especialmente nas redes sociais.

Rui Costa explicou que a alta nos preços da laranja é um reflexo do mercado internacional, que enfrenta escassez do produto. Segundo ele, o problema não poderia ser resolvido apenas com a redução de alíquotas de importação, já que não há oferta suficiente em outros países para equilibrar o mercado nacional. “

“O preço internacional está tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, outra fruta. Não adianta baixar a alíquota, porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro”, afirmou o ministro.

Essa fala gerou críticas, especialmente entre opositores do governo, que relacionaram a sugestão à promessa de campanha de Lula de garantir a volta da picanha à mesa dos brasileiros. O discurso também reacendeu o debate sobre as dificuldades do governo em controlar a inflação dos alimentos, um problema que afeta diretamente o orçamento das famílias mais vulneráveis.

Além disso, Rui Costa destacou que o governo está estudando a possibilidade de reduzir alíquotas de importação para alimentos que apresentem disparidade de preços entre o mercado interno e externo. A medida, segundo o ministro, seria avaliada caso o custo de determinados produtos no Brasil ultrapasse significativamente o valor internacional.

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Porém, a proposta de Rui Costa de intervir diretamente no mercado de alimentos também foi alvo de controvérsias. Na mesma semana, ele chegou a mencionar a possibilidade de uma intervenção nos preços, mas em entrevista posterior à CNN, descartou essa ideia, afirmando que o governo está focado em estimular a oferta e criar condições para reduzir custos.

As declarações reforçam o desafio do governo em lidar com a pressão por alimentos mais acessíveis e a dificuldade de implementar soluções práticas e eficazes. Enquanto isso, o debate público sobre o custo de vida continua a mobilizar atenção e críticas, mostrando que a inflação alimentar segue sendo uma das principais preocupações da população brasileira.

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