Ministro dá invertida em Aécio em bate-boca sobre a BR-381: “Faltou você lembrar”

O ministro dos Transportes, Renan Filho, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG): eles “bateram boca” nas redes sociais na última sexta-feira (24). Foto: reprodução

O ministro dos Transportes, Renan Filho, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) “bateram boca” nas redes sociais na última sexta-feira (24). O embate ocorreu após o parlamentar questionar a viabilidade do contrato de concessão da BR-381, conhecido como “Rodovia da Morte,” assinado pelo governo Lula na quarta-feira (22). A duplicação da estrada, esperada há décadas, tem sido tema recorrente de promessas políticas.

Em uma publicação no Instagram, Aécio, que governou Minas Gerais entre 2003 e 2010, mostrou-se cético quanto à execução das obras.

“Após décadas de promessas e descaso, o governo Lula assinou o contrato de concessão para duplicação da BR-381. A obra nunca saiu do papel durante os 14 anos de governo Lula e Dilma. Agora, fica a pergunta: será que os mineiros finalmente podem acreditar que a duplicação será concluída? Ou estamos diante de mais um capítulo de promessas adiadas?”, escreveu o parlamentar.

Renan Filho rebateu a publicação, afirmando que o lançamento das obras dos primeiros 100 dias de contrato está marcado para o dia 6. Ele também criticou gestões anteriores, acusando-as de falhas na administração das rodovias federais em Minas Gerais.

“Faltou você lembrar que no governo FHC vocês estadualizaram as rodovias federais em Minas para, supostamente, o governo do Estado realizar os investimentos necessários e, anos depois, devolveram-nas, sem os ‘prometidos’ investimentos e em pior estado de conservação”, declarou o ministro.

A BR-381, que liga São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, é uma das estradas com os maiores índices de acidentes no Brasil, consolidando o apelido de “Rodovia da Morte.” A duplicação, uma demanda antiga dos mineiros, tem sido foco de intensos debates políticos e sociais ao longo dos anos.

Renan Filho já havia criticado o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por sua ausência na cerimônia de assinatura do contrato em Brasília. Durante o evento, o ministro sugeriu que Zema estaria mais preocupado com disputas políticas do que com o andamento da obra.

“Parece que a cobrança é mais política e menos pela obra, porque o gestor pode fazer tudo […] ele só não pode priorizar a política contra o interesse do cidadão,” afirmou.

O contrato de concessão prevê um investimento de R$ 9,3 bilhões na duplicação e melhorias da BR-381, com a instalação de cinco praças de pedágio ao longo do trecho. Durante o anúncio, o presidente Lula ressaltou que a prioridade do governo é baratear os pedágios para a população mais pobre, sem comprometer a qualidade das rodovias.

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