Igreja Católica expulsa padre condenado por estupro de adolescente deficiente em MG

Fabiano Gonzaga foi preso e condenado por abusar de um adolescente com deficiência em 2016. Sete anos depois, foi solto pela Justiça. Foto: Reprodução

Em um caso que chocou o país, a Igreja Católica expulsou o padre Fabiano Santos Gonzaga após ele ser condenado por estuprar um adolescente de 15 anos com deficiência. O crime ocorreu em 2016, quando Gonzaga era pároco em Frutal (MG) e abordou o jovem em uma sauna, obrigando-o a praticar sexo oral.

A Arquidiocese de Uberaba confirmou a expulsão do padre, informando que ele foi “reduzido a um estado laico e não é mais padre”. A decisão da Igreja ocorreu no mesmo dia em que o papa Francisco assinou um decreto para expulsar bispos por negligência em casos de pedofilia, demonstrando uma postura mais rígida contra abusos sexuais dentro da instituição.

A Justiça agiu rapidamente no caso, condenando Gonzaga a 15 anos de prisão em 2017. No entanto, após cumprir parte da pena, o ex-padre foi libertado em outubro de 2023. A mãe do adolescente vítima expressou sua decepção com a soltura de Gonzaga em entrevista ao Metrópoles, relatando que a dor do ocorrido ainda persiste.

Na época do crime, Fabiano era pároco na cidade de Frutal, que fica a 600 km de Belo Horizonte, a capital mineira. Foto: Reprodução

O caso ganhou ampla repercussão na mídia e gerou debates sobre a responsabilização de membros da Igreja envolvidos em crimes sexuais. A prisão em flagrante, a condenação célere e o cumprimento da pena demonstram a gravidade do crime e a necessidade de punição para casos como este.

O Metrópoles, principal fonte desta reportagem, procurou a defesa do padre, mas não obteve retorno. A advogada que atuou no caso informou ter perdido o contato com o cliente. Devido ao sigilo da Justiça, detalhes sobre o processo não foram divulgados.

É importante ressaltar que a Igreja Católica tem intensificado as medidas para combater o abuso sexual dentro de suas instituições. A expulsão de Gonzaga é um exemplo dessa postura, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir a proteção de crianças e adolescentes e a responsabilização dos culpados.

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