Invasão ao Siafi soma R$ 15,2 milhões desviados da União

Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Foto: Agência Brasil

O desvio de verbas da União decorrente do ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) totaliza R$ 15,2 milhões, conforme reportagem do colunista Daniel Weterman, do Estadão.

No dia 16 de abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi alvo de um novo desvio de recursos públicos, movimentando R$ 1,2 milhão. Destinado a uma empresa de tecnologia de informação terceirizada pelo TSE em Brasília, o montante foi desviado para três contas bancárias distintas, não relacionadas ao fornecedor original.

O valor reservado para a empresa G4F, contratada pelo TSE, acabou sendo creditado em contas bancárias não vinculadas à entidade. Há suspeitas de que nomes, CPFs, CNPJs e chaves Pix tenham sido roubados para a transação.

Uma das contas, aberta em Paulínia (SP), recebeu R$ 900 mil, cujo suposto titular reside em Belo Horizonte. Outra conta, em nome de uma microempresa de São Paulo, gerenciada por um produtor cinematográfico, obteve R$ 170 mil. O terceiro pagamento, de R$ 120 mil, foi direcionado para Brasília, na conta de um entregador.

Sistema do Siaf
Sistema do Siaf. Foto: reprodução

Os outros R$ 14 milhões foram desviados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Justiça Eleitoral, provenientes de um recurso destinado ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública de tecnologia.

Até o momento, apenas R$ 2 milhões foram recuperados. A Justiça Eleitoral carece de controle sobre a segurança e a tecnologia do Siafi, utilizado por todos os órgãos do governo federal para realizar pagamentos.

Todos os desvios foram efetuados por meio de transferência Pix, possibilitando que os fundos saiam da conta da União e sejam creditados na conta do destinatário instantaneamente.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação para apurar os desvios e identificar eventuais falhas no sistema de pagamento do governo. O caso também está sob análise da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Banco Central e da Polícia Federal.

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