Casa Fiat de Cultura abre a exposição “Arte Gravada”

A Casa Fiat de Cultura inaugura nesta terça, 11 de fevereiro, a exposição “Arte Gravada: acervo do MAP”. A mostra apresenta textos e um conjunto de dez estandartes originais criados pelos artistas Yara Tupynambá, Sandra Bianchi, Glaura Mary e Júlio Espíndola. A obra “Estandartes de Minas” é fruto de um trabalho de pesquisa realizado em 1974, na Escola de Belas Artes da UFMG. A execução se deu na III Bienal Nacional de São Paulo. Agora, 50 anos depois, as obras chegam ao público após passarem por um processo de restauro.

Além dos estandartes, “Arte Gravada” inclui um minidocumentário inédito, que registra todas as etapas do processo de restauro, e se aprofundar no tema em uma sala de leitura. A mostra ficará em cartaz na Casa Fiat de Cultura até 13 de abril de 2025. A entrada é gratuita.

Conjunto

O curador da exposição na Casa Fiat, Rafael Perpétuo, lembra que, para além das imagens religiosas, os estandartes se fazem presentes em manifestações e até no carnaval. “Assim, devolvemos para a cidade um belíssimo conjunto. Espero que frutifique em novas e estimulantes pesquisas”, disse, a respeito do processo de restauro.

Temáticas

Os dez estandartes abordam temas recorrentes no imaginário de Minas Gerais, subvertendo e explorando imagens e figuras de grande tradição popular. As imagens contidas nos estandartes, ressalta Perpétuo, apresentam uma humanização das santas e santos que, pela própria técnica, expressam uma visceralidade proporcionada pelo corte da goiva sobre a madeira. Assim, ficam expostas a carne, os músculos e as veias. “Esse é um ensinamento da arte moderna. Ao torcer e distorcer as formas dos corpos, oferece uma releitura das imagens sagradas às quais fomos acostumados”, explica o curador da mostra na Casa Fiat.

As obras expostas na Casa Fiat também revelam a influência de Yara Tupynambá sobre os artistas. “A excelência expressionista no manejo da técnica do desenho e da gravura evidencia como a artista fez escola entre os artistas mineiros”, garante o curador. Tal qual, ele diz que o conjunto de obras também marca como a tradição da gravura e do desenho tem fortes raízes em Minas. “Nosso estado, a partir de Guignard, mas especialmente a partir dos 1970 – principalmente com Tupynambá, Lotus Lobo e Amílcar de Castro, dentre outros –, passa a tomar essas duas técnicas como parte da tradição local. Assim, assume para si um modo de arte que simboliza a coesão dos artistas e que explora os limites das técnicas”, completa Perpétuo.

Serviço  

Exposição “Arte Gravada: acervo do MAP na Casa Fiat de Cultura”

Quando. De 11 de fevereiro a 13 de abril de 2025. De terça a sexta, das 10h às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)  
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br     

Bate-papo com o curador Rafael Perpétuo e a restauradora Cláudia Amorim

Quando. 13 de fevereiro, às 19h30, na Casa Fiat de Cultura  
Participação gratuita, com inscrições pela Sympla 

Toda programação da Casa Fiat de Cultura é gratuita 

Casa Fiat de Cultura  (Praça da Liberdade, 10 – Funcionários)  

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