Múcio defende soltura de envolvidos no 8/1 e diz que País precisa de pacificação

José Múcio Monteiro Filho, ministro da Defesa (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu nesta segunda-feira (10) que a soltura de inocentes ou de pessoas com participação mínima nos atos de 8 de Janeiro pode contribuir para a pacificação do País.

“Na hora que você solta um inocente ou alguém que teve envolvimento pequeno, isso ajuda a pacificar. O País precisa disso. Ninguém aguenta mais esse radicalismo”, afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Múcio reforçou a necessidade de dosimetria nas punições, diferenciando os envolvidos conforme o grau de responsabilidade.

“Tem gente que quebrou uma cadeira e tem gente que armou o golpe”, comparou.

Em outro momento, o ministro evitou classificar os ataques como tentativa de golpe, argumentando que, caso tenha ocorrido, “quem organizou deve pagar”, mas ponderando que havia manifestantes com diferentes níveis de envolvimento.

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou mais de 370 pessoas a penas que variam de 3 a 17 anos de prisão.

Posição política e envolvimento de militares

O ministro ainda comentou sobre sua posição política e revelou que, antes de assumir o cargo, mencionou ter familiares que participaram de acampamentos em frente a quartéis.

“Em Pernambuco, sou visto como homem de esquerda; em Brasília, de direita. Sou de absoluto centro”, afirmou.

Questionado sobre a participação das Forças Armadas nos atos, Múcio sugeriu que não houve tentativa de golpe, pois os militares não aderiram à invasão.

A expectativa é de que nos próximos dias, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente ao STF as primeiras denúncias contra militares suspeitos de envolvimento na trama.

Até agora, a Polícia Federal já denunciou 40 pessoas, do que se diz braço político do plano, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As investigações sugerem que o plano previa até o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Sobre uma possível anistia aos envolvidos, Múcio afirmou que a decisão cabe ao Congresso, mas ponderou que a medida poderia ajudar a pacificar o País e reduzir a polarização.

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