
O ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, coordenou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto sobre a crise envolvendo o INSS, após denúncias de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A reunião foi realizada na manhã de quarta-feira (23) e contou com a presença dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), Vinicius Marques de Carvalho (CGU), Carlos Lupi (Previdência) e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
O encontro aconteceu logo após a operação conjunta da Polícia Federal e da CGU, que cumpriu 211 mandados de busca e apreensão. A pauta principal foi definir como o governo se posicionaria publicamente diante do escândalo que afeta milhões de beneficiários. A equipe avaliou os riscos de desgaste político e optou por uma resposta articulada.
A decisão foi por realizar uma entrevista coletiva, em vez de divulgar apenas uma nota. A avaliação foi de que a gravidade do caso exigia uma comunicação direta e transparente, com todos os envolvidos expondo as providências adotadas até o momento. A preocupação era evitar interpretações de omissão ou tentativa de abafar o caso.
Houve debate sobre a participação do ministro Carlos Lupi na coletiva, já que o INSS está sob responsabilidade da pasta da Previdência. Ele compareceu, mas teria adotado uma postura mais defensiva, em contraste com os demais ministros.
Lewandowski, Vinicius de Carvalho e Andrei Rodrigues falaram com firmeza e enfatizaram a responsabilidade do governo em apurar e punir os responsáveis. Após a entrevista, o presidente Lula (PT) determinou a demissão de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS.

A reunião serviu também para alinhar estratégias de comunicação para os próximos dias. Sidônio orientou os ministérios a manterem contato direto com a imprensa e a reforçarem o compromisso com a transparência. O caso segue sob investigação.
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