CRM do DF era comandado por bolsonaristas até 2023

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deitado em cama de hospital
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), que cogita abrir uma investigação contra o hospital DF Star, de Brasília, era comandado por bolsonaristas até 2023. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado na unidade, onde recebe com frequência a visita de aliados.

Antes da última eleição, o conselho era comandado por “diretorias negacionistas”, que apoiaram o então chefe do governo em seu posicionamento na pandemia da Covid-19. Na época, existia a defesa à “autonomia” médica para prescrição de medicamentos tais como a cloroquina e a hidroxicloroquina, remédios sem benefícios ou comprovação científica para o tratamento contra o coronavírus.

Foi esse contexto de negacionismo que, segundo Arlete Sampaio, médica e ex-deputada distrital pelo Partido dos Trabalhadores (PT), contribuiu para o surgimento do movimento de médicos de oposição, na capital federal e em outros locais.

Em 2023, a Chapa 4, nomeada de “Movimento: Ciência, Ética e Dignidade”, recebeu 30,51% dos votos válidos, 3.534 do total de 12.529 votantes, e se elegeu, alegando ser “contrária ao carreirismo no CRM-DF”.

hospital DF Star
Hospital DF Star – Divulgação

“A nossa era a única chapa de oposição que faz uma defesa incondicional da autonomia médica mas com responsabilidade, baseado em critérios científicos”, declarou a clínica geral e acupunturistra Paula Campos Vieira Melo, ao Brasil de Fato.

Na época, houve um “racha” na ala negacionista porque membros da antiga gestão se dividiram em três outras chapas. Integrantes do grupo vencedor denunciaram as “tentativas de interdição da chapa, por polarização e fake news” na campanha eleitoral, algo que também foi notado no pleito presidencial de 2022.

Desde que foi internado, Jair Bolsonaro já recebeu diversas visitas, o que fez com que o Supremo Tribunal Federal (STF) entendesse que ele poderia receber uma oficial de Justiça para assinar uma intimação.

Agora, o Conselho Federal de Medicina (CFM) fez um pedido de sindicância ao órgão do Distrito Federal, sobre o acesso de pessoas a UTIs após os episódios envolvendo o ex-presidente, e afirmou que a entrada deve ser limitada.

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