Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso se manifestam após Justiça de Portugal condenar mulher por racismo contra filhos

Nesta sexta-feira, dia 15 de novembro, o casal Giovanna Ewbank, de 38 anos, e Bruno Gagliasso, 42, se manifestou no Instagram após a Justiça de Portugal condenar mulher por racismo contra seus filhos, Bless e Titi.

O caso aconteceu em 2022, quando as crianças tinham 7 e 9 anos, respectivamente, durante uma viagem da família ao país. Adélia Barros xingou Bless e Titi os chamando de “pretos imundos” e pedindo para que eles saíssem do restaurante em que estavam e voltassem para a África.

De acordo com o jornal português Público, ela foi condenada pelo Tribunal de Almada a oito meses de prisão e cumprirá em liberdade. O juiz também determinou o pagamento de uma indenização no valor de 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil) por danos morais.

Além disso, o valor de 2500 (pouco mais de R$ 15 mil) terá que ser pago por Adélia Barros à associação SOS Racismo. Ela também deve se submeter a uma internação para tratamento contra o alcoolismo.

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No Instagram, Giovanna e Bruno desabafaram sobre a decisão. “Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal”, escreveram.

“Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude”, continuaram.

“Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo quando estávamos de férias na Costa da Caparica. Sim, o racismo não dá férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica”.

“Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Logo, estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa e somos também gratos aos nossos advogados portugueses Rui Patrício e Catarina Mourão que sempre nos fizeram acreditar que a justiça seria feita”.

Antes de finalizar, Giovanna e Bruno acrescentaram: “Mais uma vez estamos emocionados, mais uma vez agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E mais uma vez devemos dizer que precisamos seguir vigilantes pois o racismo segue, segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele”, concluíram.

Veja a publicação na íntegra:

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