Brasil e Canadá adotam boné azul como resistência aos ataques de Trump

O presidente Lula e o primeiro-ministro de Ontario, no Canadá, usaram os “bonés anti-Trump”. Foto: reprodução

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a adotar uma postura agressiva em relação a aliados como Canadá e Brasil, esses países têm respondido com criatividade. No Canadá, o boné com a frase “Canada Is Not for Sale” (O Canadá não está à venda, em tradução livre) virou um símbolo de resistência às ameaças de tarifas e anexação feitas por Trump.

No Brasil, o boné azul com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros” ganhou destaque durante a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para presidente da Câmara dos Deputados, como um contraponto aos bonés vermelhos “Make America Great Again”, popularizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump.

A ideia do boné canadense partiu de Liam Mooney, fundador de uma empresa de design em Ottawa, como uma resposta às ameaças de Trump de impor tarifas sobre produtos canadenses e sugerir que o país se tornasse o 51º estado dos EUA. O boné ganhou popularidade após o premier de Ontário, Doug Ford, usá-lo durante uma reunião com o primeiro-ministro Justin Trudeau e outros líderes provinciais.

Mooney explicou que o objetivo do boné é transmitir uma mensagem de nacionalismo e união, cortando através do discurso político polarizado. “É uma oportunidade de unir pessoas de toda a sociedade civil, independentemente de sua orientação política”, afirmou. Desde o lançamento, dezenas de milhares de bonés foram vendidos online.

Versão canadense do boné leva a bandeira do Canadá e diz que país “não está à venda”. Foto: reprodução

No Brasil, o acessório foi usado pela primeira vez pelo ministro licenciado das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), durante a eleição do presidente do Senado no sábado (1°).

A ideia do slogan partiu do novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, e foi abraçada por outros membros do governo, como os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Camilo Santana (Educação) e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Padilha explicou que o boné azul representa uma reação ao que ele chamou de “submissão” a símbolos estrangeiros, como os bonés vermelhos de Trump. “Fico agoniado em ver gente batendo continência para outro país e outras bandeiras”, disse Padilha, destacando que comprou pessoalmente dez bonés para distribuir entre parlamentares governistas.

Nos Estados Unidos, o azul é associado ao Partido Democrata, enquanto o vermelho representa o Partido Republicano, de Trump. No Brasil, o vermelho também é a cor do Partido dos Trabalhadores (PT), mas a escolha do boné azul visa reforçar a identidade política do governo Lula e se distanciar da influência trumpista e da polarização entre os partidos, ressaltando as cores nacionais.

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