O que evitou uma tragédia ainda maior na queda de avião em SP

Destroços do avião que caiu em SP. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O avião de pequeno porte que caiu na manhã desta sexta-feira (7), na Avenida Marquês de São Vicente, na Zona Oeste de São Paulo, deixou duas vítimas fatais e sete feridos, mas por pouco não causou um impacto maior. O piloto e um passageiro que estavam na aeronave morreram carbonizados, enquanto seis passageiros de um ônibus municipal e um motociclista que passava pelo local foram socorridos com ferimentos leves.

As câmeras de segurança registraram o momento exato da queda, que ocorreu próximo a um cruzamento com o semáforo fechado, evitando uma tragédia de maiores proporções.

Imagens mostram o avião King Air tocando o solo e se arrastando pela avenida, com chamas saindo da aeronave. Em seguida, ocorreu uma explosão, e os destroços atingiram a traseira de um ônibus municipal que estava parado a menos de 5 metros de distância.

Felizmente, o coletivo não estava lotado, e o motorista agiu rapidamente, permitindo que todos os passageiros saíssem do veículo antes que ele pegasse fogo. O motociclista, que foi atingido por uma peça do avião, também foi socorrido pelos bombeiros.

Segundo especialistas consultados pelo G1, uma série de fatores contribuiu para evitar um número maior de vítimas. Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de risco, destacou que o semáforo fechado no cruzamento da Avenida Marquês de São Vicente com a Avenida Nicolas Boer foi crucial.

“Houve um alinhamento de fatores, e no momento final de pouso de emergência, o sinal estava fechado, o que reduziu o número de vítimas. Se isso não tivesse acontecido, o número de vítimas poderia ter sido muito maior”, explicou.

Outro fator que ajudou a minimizar os danos foi o rompimento do tanque de combustível do avião antes do impacto com o solo. Portela explicou que, ao se soltar, o tanque liberou o combustível, evitando que a ignição se concentrasse em um único ponto. “Isso reduziu a intensidade da explosão e os danos causados”, afirmou.

Além disso, especialistas acreditam que o piloto pode ter calculado, em segundos, o local mais seguro para um pouso forçado. Rodrigo Spader, piloto da aviação executiva, destacou que a decisão de pousar em uma avenida movimentada, mas com o semáforo fechado, pode ter sido uma tentativa de minimizar o número de vítimas. “O piloto provavelmente avaliou a situação e escolheu o local menos pior para pousar”, disse.

A rápida evacuação do ônibus também foi fundamental. O motorista agiu com presteza, orientando os passageiros a saírem pelas janelas antes que o veículo fosse atingido pelos destroços e pegasse fogo. A Aeronáutica e a Polícia Civil já iniciaram as investigações para apurar as causas do acidente e eventuais responsabilidades.

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