Boca de urna indica Daniel Noboa na liderança em eleições do Equador

Daniel Noboa e Luisa Gonzalez, candidatos à Presidência do Equador. Foto: Divulgação

O presidente do Equador, Daniel Noboa, aparece à frente na pesquisa de boca de urna divulgada neste domingo (9), com 50,2% dos votos. A candidata esquerdista Luisa González registra 42,2% dos votos, segundo o levantamento realizado pela empresa Estrategas. A margem de erro da pesquisa é de 2,98 pontos percentuais.

Para garantir a vitória no primeiro turno, Noboa precisa alcançar 50% dos votos mais um. O ex-presidente Rafael Correa, apoiador de González, contestou os resultados preliminares e afirmou que seu partido divulgaria uma contagem própria.

Após um dos processos eleitorais mais violentos do mundo em 2023, o Equador retornou às urnas para definir um novo mandato presidencial. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a votação transcorreu normalmente, sem incidentes graves, e registrou uma participação de 83,4% dos eleitores.

Noboa, de 37 anos, milionário e atual presidente do país, era considerado favorito para vencer o pleito. Ele votou logo cedo na cidade de Olon, acompanhado por familiares e escoltado por militares armados. Já Luisa González compareceu às urnas na cidade de Canuto, também sob forte esquema de segurança.

Noboa foi eleito em outubro de 2023, em eleições antecipadas convocadas pelo então presidente Guillermo Lasso, que enfrentava um processo de impeachment. Inicialmente, a eleição tinha o objetivo de completar o mandato de Lasso até a data original das eleições deste ano.

Pessoas fazem fila para votar no dia da eleição presidencial, em Guayaquil, Equador, em 9 de fevereiro de 2025. Foto: Divulgação

No entanto, o pleito se tornou um dos mais violentos da história recente devido à ação de cartéis de drogas que disputam o controle do narcotráfico no país. Um dos candidatos, Fernando Villavicencio, foi assassinado após um comício, e os demais concorrentes tiveram de usar coletes à prova de balas e capacetes durante a campanha.

Apesar de um cenário eleitoral menos tenso em 2024, a criminalidade segue como o maior desafio do próximo presidente. Nos últimos cinco anos, a taxa de homicídios do Equador subiu de 6 para 38 a cada 100 mil habitantes, afastando turistas e impactando a vida dos cidadãos.

Essa escalada da violência está ligada à migração de cartéis de drogas da Colômbia para o Equador, após o acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), assinado em 2016. Com uma extensa costa de mais de 2.200 quilômetros voltada para o Oceano Pacífico, o país se tornou uma das principais rotas do narcotráfico para os Estados Unidos e a Europa.

Atualmente, diferentes facções criminosas disputam território, tornando a insegurança um dos principais desafios do Equador. “Há mortes cruéis, assassinatos, crimes… é uma realidade diária”, afirmou à agência AFP o vendedor ambulante Jesús Chávez, que já foi assaltado várias vezes no centro de Quito.

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