Relatório sobre Moraes pode ser a “desculpa” que faltava para Trump; entenda

A Organização dos Estados Americanos (OEA) está finalizando um relatório sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o conteúdo do documento pode levar a uma resposta dos Estados Unidos contra o governo do presidente Lula (PT).

Caso a OEA aponte supostos abusos nas decisões do ministro, Donald Trump, segundo informações do colunista Paulo Capelli, do Metrópoles, pode ampliar sanções econômicas ao Brasil, incluindo novas restrições além da taxação do aço já anunciada.

Aliados próximos de Trump, como Elon Musk e Jason Miller, frequentemente atacam as decisões de Moraes. Eles alegam que há uma “ditadura” no Brasil, supostamente liderada pelo magistrado e pelo Planalto para “perseguir opositores” e “censurar” redes sociais.

Além disso, o bilionário também direciona ataques e críticas ao presidente. Musk tem defendido publicamente o impeachment de Lula, enquanto Miller, que já foi detido por ordem de Moraes em 2021 no inquérito dos atos antidemocráticos, reforça as críticas ao governo brasileiro.

A OEA, que tem os Estados Unidos como principal financiador, pode fornecer a justificativa que Trump precisa para adotar medidas mais rígidas contra o Brasil. Em 2024, a Casa Branca destinou US$ 50 milhões à organização, correspondendo a metade do orçamento total da entidade. Caso o relatório seja desfavorável, Washington pode endurecer sua posição contra o governo brasileiro.

Além das questões institucionais, Trump tem ressentimentos pessoais contra Lula. Em uma entrevista à TV francesa, o presidente brasileiro insinuou que a volta de Trump ao poder representaria o “retorno do nazismo e do fascismo”.

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