Lucro histórico: Petrobras paga 3º maior volume de dividendos

Fachada da sede da Petrobras: estatal anunciou o pagamento de R$ 75,8 bilhões em dividendos, o terceiro maior volume já distribuído na história – Foto: Reprodução

A Petrobras anunciou o pagamento de R$ 75,8 bilhões em dividendos, o terceiro maior valor já distribuído em sua história. O montante refere-se ao exercício de 2024 e inclui R$ 73,9 bilhões pagos como dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), além de R$ 1,9 bilhão destinado à recompra de ações.

O lucro líquido da empresa em 2024 foi de R$ 36,6 bilhões, aproximando-se da média anual registrada entre 2003 e 2013. Apesar de resultados negativos no segundo e quarto trimestres devido a “itens não recorrentes”, a companhia segue gerando caixa e mantendo um nível elevado de rentabilidade.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), defendeu uma revisão na política de dividendos da Petrobras. Ele destacou a necessidade de a estatal investir mais no desenvolvimento econômico e social do Brasil. O economista Cloviomar Cararine, do Dieese, também alertou sobre a importância de definir uma estratégia financeira clara para equilibrar o interesse dos acionistas e da população.

A companhia tem priorizado ações voltadas para o mercado interno, como a redução das exportações de petróleo e o aumento da utilização das refinarias, que operaram a 93% da capacidade em 2024. A atual gestão também intensificou os investimentos na indústria naval nacional, visando fortalecer o setor produtivo e ampliar a geração de empregos.

A Petrobras modificou sua política de precificação de combustíveis, afastando-se oficialmente dos Preços Paritários de Importação (PPI). No entanto, Felipe Coutinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), aponta que a estatal ainda mantém aspectos do PPI na prática. Como exemplo, ele cita o reajuste de 5,9% no preço do diesel aplicado em 1º de fevereiro de 2025.

Refinaria Abreu e Lima, localizada em Ipojuca, litoral sul de Pernambuco: refinarias no Brasil, em 2024, operaram a 93% da capacidade total – Foto: Reprodução

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