Policiais se fantasiam de Chapolin e Padre em operação de segurança no Carnaval

Policiais civis se fantasiam de Chapolin e de padre para flagrarem ladrões de celular em meio aos foliões. Foto: Divulgação

Durante o último domingo (23), no bloco Baixo Augusta, no centro de São Paulo, uma cena inusitada chamou a atenção dos foliões: dois policiais civis, vestidos de padre e Chapolin, estavam entre a multidão em plena operação de combate a roubos e furtos de celulares durante o Carnaval de rua. Com informações da Folha de S.Paulo.

A ação, que visa coibir crimes nas aglomerações típicas dessa época do ano, fez parte de uma operação estratégica, coordenada pela Polícia Civil, para garantir a segurança dos participantes da folia paulistana. Após a exibição dos disfarces nas ruas de São Paulo, os policiais civis tiveram que mudar de fantasia, mas preferiram manter a escolha em segredo para preservar a eficácia da operação.

Em entrevista, eles explicaram que a nova fantasia precisa ser larga o suficiente para esconder armas e algemas, além de permitir liberdade de movimento caso seja necessário perseguir suspeitos. O uso de fantasias faz parte de uma estratégia planejada com base nos blocos com maior registro de ocorrências.

A tática de usar fantasias para se infiltrar entre os foliões é parte de uma operação iniciada há três anos. A ideia é que, disfarçados, os policiais tenham mais facilidade em identificar os ladrões, que frequentemente atuam em grupos.

Os criminosos, por sua vez, buscam evitar flagrantes passando os aparelhos roubados de mão em mão, com mulheres geralmente responsáveis por esconder os celulares debaixo das roupas ou em mochilas. Para lidar com isso, a operação também conta com policiais femininas, que fazem revistas nas suspeitas.

Chapolin e padre que prendendo suspeito em bloco. Foto: Divulgação

Além disso, o fato de estarem fantasiados permite que os policiais passem despercebidos pelos criminosos, que adotam o mesmo comportamento de estar atentos ao redor em busca de vítimas. Embora a estratégia seja eficaz, ela também causa contratempos, como abordagens por policiais militares que confundem os disfarces e até cantadas dos foliões mais atrevidos.

A operação foi responsável pela prisão de sete pessoas no fim de semana de pré-Carnaval, incluindo uma quadrilha originária de Florianópolis (SC) e Belém (PA). Uma das prisões ocorreu após a abordagem de um suspeito que estava com celulares roubados durante uma apresentação de Carnaval no parque Villa-Lobos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no fim de semana de pré-Carnaval, foram registrados 880 roubos e furtos de celulares no estado, com 590 ocorrências na capital paulista. Isso representa uma redução de 62% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 2.344 boletins de ocorrência foram registrados.

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