É “agora ou nunca” para os smartphones chineses de ponta expandirem seu mercado

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As principais marcas de smartphones da China, após dominarem mundialmente o segmento de baixo custo, estão se apressando para entrar no mercado premium em busca de crescimento.

No Sudeste Asiático, Apple e Samsung juntas representam mais de 90% do mercado de smartphones acima de US$ 600, de acordo com dados da empresa de inteligência de mercado Canalys. No entanto, “marcas como Xiaomi, vivo, Oppo e Transsion dominam os segmentos de preços mais baixos”, afirma Sheng Win Chow, analista de smartphones da Canalys.

“Preços acessíveis e competitivos” estão ajudando as marcas chinesas a penetrar em mercados emergentes — não apenas no Sudeste Asiático, mas também na África e na América Latina, observa Will Wong, gerente sênior de pesquisa do grupo de dispositivos para clientes da IDC na Ásia-Pacífico.

Mas ele alerta que, após conseguir acumular participação de mercado em segmentos mais acessíveis, “é agora ou nunca para as marcas chinesas mirarem no segmento premium”.

“O mercado global de smartphones entrou em uma fase madura, que deve registrar apenas crescimento de um dígito baixo a longo prazo”, diz Wong. Isso significa que as marcas chinesas precisarão crescer com base na venda de smartphones melhores, em vez de vender mais smartphones.

E o Sudeste Asiático apresenta uma boa oportunidade para essas marcas acessíveis penetrarem em um mercado premium que há muito tempo é o playground da Apple (AAPL3) e da Samsung. Tanto Wong quanto Chow apontam que a crescente economia da região significa uma classe de consumidores em ascensão, ansiosos para atualizar seus dispositivos.

Entrando no segmento premium

Na semana passada, a Oppo, um fabricante de smartphones chinês, lançou seu mais recente smartphone dobrável em um evento realizado no cassino Marina Bay Sands, em Cingapura.

O “Find N5”, com preço de 2.499 dólares de Cingapura (US$ 1.870), é claramente um produto premium. O telefone é um concorrente em termos de recursos e qualidade em relação ao telefone dobrável Z6 da Samsung, lançado em outubro. Por exemplo, a Oppo se gabou durante seu evento de lançamento que seu Find N5 era mais fino quando dobrado e também oferecia melhor capacidade de bateria.

A Oppo já é a terceira marca de smartphone mais popular em Cingapura, diz Billy Zhang, presidente de marketing, vendas e serviços internacionais. Os consumidores de Cingapura, embora em número reduzido, têm um alto nível de renda disponível e estão abertos a experimentar novos produtos premium, acrescenta.

Além de Cingapura, a Oppo também é uma das principais marcas nas Filipinas, Tailândia e Indonésia, de acordo com a IDC. Isso torna o Sudeste Asiático uma “fortaleza” para a Oppo, diz Wong, e um bom trampolim para a marca entrar no mercado premium.

“A Oppo tem sido um dos principais fornecedores chineses que rapidamente trouxe os mais recentes recursos de IA generativa e dobráveis para o mercado com preços competitivos”, acrescenta.

Outros fabricantes chineses de smartphones também estão expandindo sua presença fora de seu mercado doméstico.

Na semana passada, a Huawei marcou o lançamento internacional de seu smartphone dobrável triplo em um evento em Kuala Lumpur. O lançamento na Malásia foi o primeiro evento de eletrônicos de consumo que a empresa realizou fora da China desde que os EUA impuseram sanções em 2019.

A HONOR, anteriormente a divisão de smartphones de menor custo da Huawei, também está focando no Sudeste Asiático, planejando 10 lojas de “experiência” que venderão produtos de médio a alto padrão na Indonésia, de acordo com o South China Morning Post.

A Apple também está tentando expandir sua base de consumidores. Na semana passada, a empresa revelou o iPhone 16e, o sucessor do iPhone SE de orçamento. No entanto, a US$ 599, o telefone de entrada da Apple ainda é caro, custando mais de US$ 150 a mais do que o iPhone SE. Em comparação, o Reno 13 da Oppo, um dos mais novos smartphones de ponta da marca, custa US$ 597.

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