A caça furtiva representa uma séria ameaça para a vida selvagem em todo o mundo. Milhões de animais são vítimas de caçadores furtivos a cada ano, colocando em risco a sobrevivência de espécies inteiras e alterando o equilíbrio dos ecossistemas. Felizmente, a tecnologia surgiu como uma poderosa ferramenta para combater a caça furtiva e proteger os animais selvagens.
Por exemplo, sensores de movimento alertam os guardas florestais sobre atividades suspeitas em áreas vulneráveis, ou câmeras de armadilha capturam imagens ou vídeos de caçadores furtivos e animais, permitindo a identificação dos criminosos e a compreensão de seus padrões. Por outro lado, os colares GPS com os quais alguns animais são equipados permitem rastreá-los em tempo real. E os drones equipados com câmeras e sensores patrulham grandes extensões em busca de caçadores furtivos ou animais em perigo.
No entanto, o Parque Nacional de Elefantes de Addo, na África do Sul, anunciou uma “intervenção pioneira” na luta contra a caça furtiva: o uso de inteligência artificial (IA) para proteger os rinocerontes.
Inteligência artificial para salvar os rinocerontes africanos
O Departamento de Parques Nacionais da África do Sul (SANParks) explicou que as coleiras com tecnologia de IA permitem monitorar continuamente o comportamento dos rinocerontes. Esses dispositivos geram alertas automáticos em caso de detectar anomalias e até mesmo localizam os animais por meio de GPS.
Esta inovação representa um grande avanço contra a caça furtiva, um problema sério na África do Sul. A SANParks agradeceu o apoio de várias instituições como Stop Rhino Poaching, Animal Survival International e Fundação Brady Hunter, graças aos quais foi possível doar 31 coleiras para este projeto.
Apesar das dificuldades, a conservação de rinocerontes na África mostra sinais positivos. O último estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), publicado em setembro de 2023, aponta um crescimento pela primeira vez em uma década das populações de rinocerontes negros e brancos.
No final de 2022, foram contabilizados 23.290 exemplares em todo o continente, um aumento de 5,2% em relação ao ano anterior. Este progresso, embora lento, é crucial para a sobrevivência dessas espécies ameaçadas.
A combinação de tecnologias inovadoras como a IA para a proteção da vida selvagem e o apoio de organizações e comunidades oferece esperança para o futuro dos rinocerontes africanos.