Como Zambelli foi de amiga pessoal de Bolsonaro a culpada por sua derrota

O então presidente Jair Bolsonaro e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante evento em Belém (PA), em 2022. Foto: Isac Nóbrega/PR

Eleita em 2018 como uma das principais aliadas e porta-vozes de Jair Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se afastou do ex-presidente ao longo dos anos até o rompimento, em 2022. Antes de ser apontada por ele como culpada por sua derrota nas eleições daquele ano, a relação entre os dois já vinha se desgastando.

Ex-vice-líder do governo na Câmara, Zambelli se tornou próxima até da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foi ao seu casamento em 2020. No mesmo ano, porém, ocorreu o primeiro atrito entre a deputada e o então presidente.

À época, o senador Sérgio Moro (União-PR), então ministro da Justiça e seu padrinho de casamento, pediu demissão do governo. Zambelli tentou convencê-lo a não romper com Bolsonaro, prometendo-lhe um cargo no Supremo Tribunal Federal (STF) – como se tivesse poder para isso.

Apesar da relutância, ela abandonou Moro e escolheu o lado de Bolsonaro após a briga entre os dois.

Joice Hasselmann e Carla Zambelli. Foto: Reprodução

Até a amiga de longa data de Zambelli, a ex-deputada Joice Hasselmann, foi preterida por ela após também romper com o líder de extrema-direita. Meses depois, mesmo dando repetidos sinais de apoio ao então presidente, ela foi retirada da posição de vice-líder na Câmara e substituída por representantes do Centrão.

Nas eleições de 2022, chegou a vez de Zambelli ser escanteada por Bolsonaro. Na época, ela era cotada para disputar o Senado Federal, mas ele preferiu apoiar Marcos Pontes (PL-SP), o astronauta, seu ex-ministro da Ciência.

O rompimento ocorreu na mesma época, quando a parlamentar perseguiu o jornalista Luan Araújo com uma arma em punho. Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda. nesta segunda (24), Bolsonaro afirmou que Zambelli “tirou seu mandato” com o episódio.

A deputada tentou se reaproximar do ex-presidente após a derrota nas eleições, mas não teve sucesso. No ano passado, o ex-presidente, em um aceno a ela, chegou a apoiar a candidatura de seu marido, Coronel Aginaldo, para a prefeitura de Caucaia (CE), mas ele foi derrotado.

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