China lança nova IA que trabalha sozinha, sem humanos por perto

Manus, a nova IA chinesa

Já pensou em uma inteligência artificial capaz de pensar e agir sozinha? A China acaba de lançar o Manus, um agente de IA desenvolvido pela empresa Butterfly Effect, que chega pouco depois do impacto causado pelo DeepSeek. A novidade está chamando atenção por prometer autonomia total na execução de tarefas.

O Manus foi criado como um “agente geral”, ou seja, consegue lidar com diferentes tipos de atividade sem precisar de comandos a cada etapa. Ele não apenas orienta como criar um site — ele constrói. Pode planejar viagens, analisar o mercado financeiro e preparar aulas interativas. O usuário dá uma ordem, e o Manus segue trabalhando, mesmo sem conexão com a internet. Com o tempo, ele aprende com o comportamento do usuário e se adapta.

Um ponto que chama atenção é que o Manus foi testado em uma universidade menor, diferente das tradicionais como Tsinghua. Isso mostra como o desenvolvimento de IA na China está se expandindo para novos perfis de profissionais e instituições. Por enquanto, o acesso ao Manus é limitado a convites, mas seu desempenho já mostra um avanço significativo na área de agentes autônomos.

Desde seu lançamento, o Manus já executa cerca de 50 tarefas simultâneas, o que inclui análise de redes sociais, postagens, transações financeiras, pesquisas e compras. É considerado mais preciso que o Deep Research, da OpenAI, e pode antecipar o que está por vir em 2025 no campo da inteligência artificial. A expectativa é que agentes como o Manus passem a liderar mudanças tecnológicas em escala global.

Diferente dos assistentes atuais, o Manus executa tudo sozinho: escreve relatórios, automatiza planilhas, gera conteúdo, processa arquivos, analisa dados e planeja viagens. Também é multimodal, ou seja, trabalha com texto, imagens e códigos, facilitando o uso em tarefas cruzadas. Além disso, se conecta a navegadores, editores de código, bancos de dados e APIs — sigla para Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações, que funciona como uma ponte entre diferentes sistemas e permite que o Manus interaja com outros softwares para executar comandos ou acessar dados externos.

Apesar das promessas, o Manus ainda enfrenta falhas. Usuários relataram que o sistema às vezes se perde em ciclos repetitivos, tem dificuldades em decisões mais complexas e depende de modelos externos como Claude Sonnet e Qwen. Outro ponto de atenção é a segurança: sem os devidos limites, a IA pode acessar dados sensíveis e gerar riscos.

O funcionamento é dividido em etapas: o usuário envia uma tarefa por chat, o Manus divide em subtarefas, distribui para agentes especializados, executa, integra os resultados e continua o processo até chegar a uma solução. Se algo sai errado, ele ajusta e segue trabalhando.

O desempenho do Manus no benchmark GAIA, que avalia a capacidade de resolver problemas reais, foi superior ao de sistemas consagrados como o da OpenAI. O projeto ainda é restrito, mas mostra que a China está acelerando o desenvolvimento de IAs autônomas. Quem deseja acompanhar esse movimento pode buscar certificações em IA generativa e se preparar para o que vem aí.

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