Zelensky pede que EUA sancionem Rússia após novos ataques com drones

Por Anastasiia Malenko e Tom Balmforth

KIEV (Reuters) – O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos Estados Unidos nesta quarta-feira (26) que sancionem ainda mais Moscou, que, segundo ele, claramente não está buscando uma “paz real” após uma noite de ataques de drones russos que causaram danos em vários lugares.

Ele destacou os ataques em sua cidade natal, Kryvyi Rih, e na região de Sumy, no norte, enquanto surgiam dúvidas sobre os detalhes básicos de dois acordos de cessar-fogo anunciados pelos Estados Unidos na terça-feira, após conversações na Arábia Saudita.

Os Estados Unidos anunciaram acordos separados com a Ucrânia e a Rússia para interromper os ataques no Mar Negro e contra os alvos de energia um do outro, embora não tenha ficado claro quando os acordos entram em vigor.

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O presidente Volodymyr Zelensky disse que eles entraram em vigor imediatamente, mas o Kremlin afirmou que os acordos do Mar Negro não entrarão em vigor a menos que alguns bancos russos sejam conectados novamente ao sistema financeiro internacional. O Kremlin diz que já está implementando sua pausa nos ataques à energia.

Nenhuma das declarações ucranianas informou que a Rússia atacou a infraestrutura de energia durante a noite, mas Zelensky disse que as ações foram contra o espírito das negociações de paz.

“Lançar esses ataques em larga escala após as negociações de cessar-fogo é um sinal claro para o mundo inteiro de que Moscou não vai buscar a paz real”, escreveu Zelensky no X.

A Rússia, que só informa a destruição de drones, disse que havia destruído nove drones, incluindo dois no Mar Negro. Moscou disse que a Ucrânia tentou atacar uma instalação de armazenamento de gás na Crimeia ocupada pela Rússia e a infraestrutura de energia nas regiões russas de Kursk e Bryansk. O país não relatou dano.

Não houve resposta imediata de Kiev. Os militares ucranianos relataram 117 ataques de drones e as autoridades locais disseram que a cidade de Kryvyi Rih foi atingida pelo maior ataque de drones que enfrentou desde a invasão em grande escala da Rússia em 2022.

“Aparentemente, é assim que os ocupantes ‘querem paz’”, escreveu Oleksandr Vilkul, chefe da administração militar, no aplicativo de mensagens Telegram, dizendo que o ataque provocou incêndios e danificou edifícios.

Ele afirmou que houve pelo menos 15 explosões na cidade, que tem sido regularmente atacada durante a guerra.

“O mais importante é que não houve mortes ou feridos.”

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