Em mais um ato por vítima de homicídio no Aeroporto, família cobra justiça

Em mais um ato por vítima de homicídio no Aeroporto, família cobra justiça

Em mais um ato por vítima de homicídio no Aeroporto, família cobra justiça
(Foto: Leonardo Costa)

Quase uma semana após o homicídio de Sebastião Felipe Ladeira, de 37 anos, no Bairro Aeroporto, uma nova manifestação foi realizada para cobrar justiça. Com a presença de familiares, amigos e outras pessoas que se mobilizaram com o caso, o ato foi marcado por emoção, principalmente, da mãe e da irmã da vítima.

A concentração ocorreu em frente ao Fórum Benjamin Colucci, próximo ao Parque Halfeld, no Centro. Por volta de 12h, as pessoas presentes saíram em passeata em direção à Rua Marechal Deodoro, subiram a Rua Halfeld, pararam por um tempo em frente à Câmara Municipal, com o objetivo de “conseguir manifestação por parte dos vereadores”, conforme a organização. Por fim, voltaram à porta do Fórum. O percurso durou pouco mais de uma hora e emocionou, também, a população nas ruas.

O intuito do ato é “fazer com que a justiça seja feita”, como conta Marlene Ladeira, irmã da vítima. “O objetivo é que ninguém fique impune. Queremos mobilizar as pessoas e pressionar, pois, infelizmente, é assim que funciona. Nós e a sociedade estamos colocando pressão para que os responsáveis não consigam se safar”, reforça. “Eu não concordo que isso fique impune. É o meu filho. Tem que ter justiça por essa covardia que fizeram com ele”, reverberou, no megafone, a mãe da vítima, Ana Maria Ribeiro.

Na tarde da última terça-feira (25), a Tribuna acompanhou outro ato de familiares e amigos clamando justiça. Na ocasião, depois de colar cartazes no muro da boate Madeira’s Lounge, onde foi iniciada a briga entre a vítima e os suspeitos, os presentes fizeram orações. Em seguida, o grupo se deslocou a pé até o local do crime, na Rua Otávio Fernandes Coelho, no Bairro Aeroporto, refazendo a trajetória de Sebastião Felipe antes do homicídio.

Neste domingo (30), vão ser realizadas duas missas de sétimo dia para Sebastião Felipe. A primeira acontece em Guarani, cidade natal da vítima, por volta das 9h, com caminhada até o cemitério. Já a segunda será realizada em Juiz de Fora. As informações sobre local e horário ainda não foram divulgadas.

interna felipe ladeira
(Foto: Leonardo Costa)

Oito suspeitos do homicídio foram presos

Sebastião Felipe foi morto na madrugada do último domingo (23). Até o momento, oito suspeitos foram presos. De acordo com informações da Polícia Civil, o número de investigados no caso subiu para dez pessoas. Cinco, que estavam presos em flagrante, tiveram a prisão convertida em preventiva, em despacho feito pela juíza Joyce Souza de Paula.

A delegada Camila Muller informou que ouviu outras três testemunhas na sexta-feira (28) e que, no decorrer dos próximos dias, a corporação vai continuar diligenciando. “Tão logo a investigação seja concluída, a Polícia Civil se compromete a prestar informações à população.”

Investigação aponta dinâmica do crime

A versão inicial do crime, registrada no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), teve alterações desde que o caso começou a ser investigado. A delegada responsável pelo caso havia destacado que trabalhava com todas as hipóteses e que a linha temporal do crime ocorrido ainda estava sendo traçada.

Segundo a titular, vídeos gravados por testemunhas e divulgados nas redes sociais poderiam levar a crer que a vítima teria sido colocada dentro do porta-malas de um carro, versão corroborada pelo registro da Polícia Militar. Contudo, as atualizações apontam que Sebastião Felipe não teria sido retirado do carro e sequer entrado no veículo – a contragosto dos suspeitos que supostamente teriam tentado fazer isso.

“O rapaz não foi enfiado no porta-malas, o carro chega depois”, explica a delegada, a partir do que já foi esclarecido até o momento. “Aquele vídeo (que circulou nas redes sociais) mostra que ele foi alcançado a pé depois de sair correndo, e o carro branco chega. Nesse momento, eles (os suspeitos) abrem o porta-malas, até tentam colocar o Sebastião no veículo, mas isso não acontece”, explica.

Após não conseguirem colocar a vítima no carro, o homem passa a ser incessantemente agredido – mas, ainda, não se pode afirmar se na sequência ele teria sido ou não atropelado, conforme a delegada. Além disso, as investigações também apontam que os clientes não teriam sido impedidos de sair da boate Madeira’s Lounge, onde teve início a confusão que culminou no homicídio. Apesar de o portão do local ter sido fechado, a entrada não teria sido cerrada.

*Sob supervisão da editora Gracielle Nocelli

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