Ibovespa: a forte volatilidade com as notícias “contrárias” sobre tarifas comerciais

Bolsa pregão def Ibovespa

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa recuava nesta segunda-feira em pregão volátil ainda contaminado pelo noticiário envolvendo a guerra tarifária deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus reflexos na economia mundial.

Por volta de 12h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, recuava 1,74%, a 125.034,36 pontos. O volume financeiro somava R$13 bilhões.

Pouco depois das 11h, o Ibovespa zerou as perdas e subiu a 128.410,57 pontos, após o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmar à CNBC que Trump estava avaliando uma pausa de 90 dias nas tarifas a todos os países, exceto a China.

Na sequência, a Casa Branca afirmou que era falsa a notícia sobre uma pausa de 90 dias, devolvendo o Ibovespa para o território negativo, mas um pouco distante da mínima registrada mais cedo, quando chegou a 123.876,24 pontos.

Trump ainda ameaçou a China com tarifa adicional de 50% se Pequim não retirar a sobretaxa de 34% para produtos norte-americanos, mas disse que negociações com outros países começarão a ocorrer imediatamente.

De acordo com analistas do BB Investimentos, após a queda de quase 3% na sexta-feira, o Ibovespa se aproximou de importantes suportes históricos que, caso rompidos, podem reforçar a tendência de baixa.

“No gráfico mensal, destacamos o suporte na região dos 126,8 mil pontos, que foi o topo de fechamento mensal de junho de 2021. No semanal, o Ibovespa se encontra na média móvel de 50 períodos (MM50), aos 127,2 mil pontos”, citaram em relatório.

“Caso perca esses suportes, os próximos objetivos estão próximos dos 125,5 mil, 122,7 mil e 118 mil pontos”, acrescentaram, observando que o movimento de ativos no exterior, sinaliza que a cautela passou a dar o tom nos mercados globais.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava 2,1%, em sessão também volátil.

DESTAQUES

  • PETROBRAS PN (PETR4) recuava 3,85%, com os preços do petróleo mais uma vez sofrendo com a escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, enquanto a Opep+ prepara um aumento da oferta da commodity. O barril de Brent era negociado em queda de 2,41%, a US$64.
  • VALE ON (VALE3) caía 1,39%, acompanhando os futuro do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian fechou o dia com queda de 3,36%, a 762,5 iuanes (US$104,31) a tonelada, tendo como pano de fundo os receios com o desfecho da troca de tarifas entre Washington e Pequim.
  • ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) perdia 0,64%, com a aversão a afetando o setor, enquanto agentes também acompanham noticiário sobre o Banco Master. BRADESCO PN (BBDC4) cedia 2,15%, BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) caía 1,57% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) recuava 1,43%. BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) era exceção entre os bancos do Ibovespa e subia 0,18%.
  • AMBEV ON (ABEV3) recuava 4,01%. Analistas do Citi chamaram a atenção para números da Nielsen, afirmando que a conclusão mais urgente dos dados do início de 2025 é o declínio significativo de 3,5% nos volumes de cerveja da Ambev nos primeiros dois meses do ano.
  • IRB(RE) ON (IRBR3) subia 2,85%, entre as poucas ações em alta, que incluíam NATURA&CO ON (NTCO3), com elevação de 1,2%, e YDUQS ON (YDUQ3), com acréscimo de 0,95%.

The post Ibovespa: a forte volatilidade com as notícias “contrárias” sobre tarifas comerciais appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.