
A China confirmou que continuará com as retaliações comerciais após os EUA aplicarem tarifas de 104% sobre seus produtos. A medida entrou em vigor nesta quarta-feira (9) e é resultado da escalada nas tensões entre os dois países.
Segundo o governo chinês, a resposta será firme e duradoura, como declarado por um porta-voz: “A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim”.
Em comunicado oficial, o governo da China divulgou um Livro Branco no qual afirma que considera normais as divergências comerciais com os Estados Unidos.
Ainda assim, reiterou estar disposto a negociar com Washington, desde que haja “igualdade, respeito e benefício mútuo”. O país acusa os EUA de usarem tarifas como forma de pressão e reforçou que “jamais aceitará esse tipo de intimidação”.
As tarifas de 104% foram implementadas após a China não recuar da decisão de retaliar os EUA. Trump havia dado prazo até a terça-feira (8) para que Pequim desistisse da medida. A falta de acordo levou ao aumento das taxas, consideradas as mais altas já aplicadas contra o país asiático.

A elevação para 104% nas tarifas aplicadas pelos EUA foi resultado de uma série de aumentos sucessivos. Inicialmente, havia uma taxa de 10%, que passou a 20%. Depois, com o plano de “tarifas recíprocas” anunciado por Trump no início de abril, a alíquota chegou a 54%. A nova rodada, somada às retaliações da China, levou a taxa final ao valor recorde.
Além da China, os Estados Unidos também aplicaram tarifas mais altas contra outros países com os quais possuem déficits comerciais. A Ásia, especialmente, foi alvo das maiores taxas.
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