A quinta-feira foi marcada por uma reviravolta nos mercados, com o Ibovespa futuro encerrando o pregão em queda de 0,85%, aos 126.535 pontos, após a euforia do dia anterior. A retomada das preocupações com a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China pesou sobre o sentimento dos investidores, levando os principais índices em Nova York a recuarem. A confirmação pela Casa Branca de que as tarifas totais sobre produtos chineses somam 145% reacendeu temores de um rompimento econômico entre as duas maiores economias do mundo. No cenário doméstico, nem mesmo a alta de 1,79% das ações da Vale (VALE3) foi suficiente para conter as perdas do índice.
Para os traders que operam o mini-índice (Ibovespa futuro), o ambiente permanece volátil e desafiador. A oscilação do Ibovespa ao longo do dia evidencia a instabilidade do mercado, influenciada tanto por fatores externos quanto internos. No próximo pregão, é fundamental que os operadores estejam atentos às declarações de líderes globais e indicadores econômicos, ajustando suas estratégias para navegar em um cenário de incertezas e rápidas mudanças.
Análise do gráfico de 15 minutos
O gráfico de 15 minutos mostra que o mini-índice voltou a ceder após a recuperação da véspera, retomando momentaneamente a pressão vendedora. Para que esse movimento ganhe força, será necessário que o ativo rompa o suporte em 126.070/125.645 pontos. Caso isso ocorra, o próximo objetivo estará em 125.150/124.465 pontos, com alvo mais longo em 123.925/123.445 pontos.
Por outro lado, para que o ativo retome o fluxo de alta, será preciso romper a resistência em 126.885/127.365 pontos. Um avanço acima dessa faixa pode levar o índice a testar os níveis de 128.215/129.000 pontos, com alvo prolongado em 129.940/132.200 pontos.
No gráfico diário, o pregão da última quinta-feira se encerrou com a formação de um spinning top, sinalizando forte indecisão no mercado e uma batalha acirrada entre compradores e vendedores. A leitura é de equilíbrio momentâneo após a oscilação dos últimos dias. Caso o mini-índice supere a região das médias móveis, especialmente acima de 128.130/130.720 pontos, poderá retomar o movimento altista. Já a perda da mínima da sessão anterior, na região de 125.060 pontos, tende a acelerar o fluxo vendedor, com espaço para recuos mais acentuados. O IFR (14) em 42,68 reforça esse cenário neutro, sem sobrecompra ou sobrevenda no curto prazo.
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WINJ25: Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, apesar da correção na última sessão, o mini-índice conseguiu se manter acima das médias móveis, o que ainda sugere estrutura levemente positiva. Para que esse viés ganhe força, será essencial romper a resistência em 126.885/128.215 pontos. A superação dessa faixa poderá liberar o ativo para buscar os próximos alvos em 129.000/129.940 e, em um cenário mais otimista, 130.200/130.900 pontos.
Por outro lado, se o suporte em 125.060/124.460 pontos for perdido, a pressão vendedora poderá se intensificar. Abaixo disso, os próximos alvos passam a ser 123.600/123.000 pontos, com extensão para 122.560/122.000 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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