As tarifas comerciais propostas pelo ex-presidente Donald Trump contra a China voltaram a causar tensão entre os produtores rurais dos Estados Unidos. A American Soybean Association (ASA), entidade que representa cerca de 500 mil sojicultores norte-americanos, afirmou em comunicado que uma nova guerra comercial teria impactos imediatos e duradouros nas fazendas do país e poderia beneficiar diretamente o Brasil, maior exportador de soja do mundo.
Segundo a ASA, os agricultores norte-americanos ainda sentem os efeitos negativos da guerra comercial de 2018, que resultou em perdas de mercado significativas — especialmente para a China, principal compradora do grão. “Os fazendeiros estão frustrados. Tarifas não são brincadeira. Elas atingem diretamente nossos negócios familiares no bolso e colocam em risco a confiabilidade das relações comerciais”, afirma Caleb Ragland, presidente da entidade e produtor em Magnolia, Kentucky.
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O Brasil, por sua vez, vem aproveitando o vácuo deixado pelos EUA. Em 2024, o país exportou quase 69 milhões de toneladas de soja para a China, gerando uma receita de aproximadamente US$ 30 bilhões. Com uma supersafra prevista para este ano, produtores brasileiros estão prontos para atender a qualquer aumento de demanda provocado por novas restrições entre Washington e Pequim.
Ragland destaca ainda que o aumento dos custos de insumos e a insegurança nos fluxos comerciais prejudicam diretamente a competitividade dos produtores americanos. Ele ressalta que o Brasil e outros países já se preparam para suprir possíveis lacunas no fornecimento global da oleaginosa.
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