Em meio à guerra comercial, Brasil pode ter novo mercado para encarar, diz analista

A mais recente notícia da guerra comercial é que a China ordenou que suas companhias aéreas não comprem mais aviões da americana Boeing, que tem naquele país um de seus principais mercados de expansão. A medida é mais um lance da retaliação entre a China e os Estados Unidos por conta da imposição de tarifas iniciadas pelo governo Trump.

“A cautela com a guerra comercial e os seus efeitos de impacto econômico continuarão persistindo nos mercados”, avalia Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, após mais um anúncio de retaliação de um país contra os EUA.

“No meio dessa guerra, a gente tem a vantagem de que os produtos que o Brasil vende, em grande maioria, são matérias-primas, que são essenciais seja para manufatura ou alimento”, explica ele, que comandou nesta terça (15) o programa Morning Call da XP.

Para Figueredo, isso acaba exigindo do país se manter fora do conflito comercial. O analista crê que a tendência é de escalada da guerra comercial, como a mais recente, que foi a interrupção de entregas da Boeing por determinação da China.

Dados chineses

“O Brasil tem que ficar de olho que no relativo se saiu bem nessa guerra comercial. E saindo bem, a gente tem um novo mercado para encarar”, aponta.

Por conta dos anúncios e imposições de tarifas de importação dos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump na presidência, Raphael Figueredo afirma que um dos dados mais relevantes que passaram a ser observados no mercado é a balança comercial chinesa.

Em março, por exemplo, ela veio bem acima do esperado. No campo das exportações, esperava-se uma alta de 4,6% e ela subiu 12,4%. Já as importações tiveram um decréscimo de 2,1% quando o esperado era 4,3%.

“Isso tornou-se um dado importante por conta da guerra comercial”, disse. Ele lembrou que o Brasil tem a China como maior parceiro comercial.

Outro dado importante da China sai no final da noite desta terça, pelo horário brasileiro, quando a China anuncia o PIB do primeiro trimestre.  A China projeta crescimento em em 2025 de 5%.

“A China vem mudando e querendo acelerar sua economia não só pela oferta, mas também pelo crescimento de demanda”, explicou ele um ponto a ser observado no resultado do PIB.

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