
O governo chinês se esquivou de confirmar a suspensão de entregas de aeronaves da Boeing a companhias aéreas locais, mas fez questão de destacar a cooperação com o Brasil no setor de aviação. A fala ocorreu após a Bloomberg noticiar que Pequim teria orientado empresas aéreas chinesas a pararem de receber jatos da fabricante americana.
Em coletiva nesta quarta-feira (16), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse não ter conhecimento específico sobre o caso da Boeing e sugeriu que o tema fosse tratado com autoridades competentes. Em seguida, ele elogiou o Brasil como “um importante país da aviação” e ressaltou que a China valoriza a “cooperação prática” com o Brasil em diversos setores, incluindo o aeronáutico.
“Estamos satisfeitos em ver que as companhias aéreas chinesas realizam uma cooperação relevante com o Brasil, de acordo com os princípios do mercado”, afirmou o porta-voz.
Segundo a Bloomberg, a suspensão das entregas de aeronaves e de peças de empresas dos EUA seria uma resposta às tarifas de 145% impostas recentemente pelos Estados Unidos sobre produtos chineses. A medida deve encarecer a manutenção de aeronaves americanas em operação no país asiático.
Com o possível afastamento da Boeing, o mercado reagiu. As ações da Embraer (EMBR3) subiram 3,06% no pregão da última terça-feira (15), fechando a R$ 64,65, refletindo a expectativa de maior espaço para a fabricante brasileira no mercado chinês.
(com Folha de S.Paulo e Hong Kong Free Press)
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