
A Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) afirmou que investiga os agentes que gravaram vídeo em ritual com cruz em chamas e gestos semelhantes a uma saudação nazista. As imagens foram divulgadas pelo 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, no interior paulista.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que a PM “é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância”. O caso, segundo a corporação, está sendo apurado em um procedimento interno.
“A Polícia Militar é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. Assim que tomou conhecimento das imagens, a Corporação instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso. A Corporação não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos responsabilizados”, diz a SSP.
A gravação foi feita com o auxílio de um drone e publicada no Instagram do 9º Baep. No vídeo, um grupo de cerca de 15 policiais aparece parado, à noite, em frente a uma cruz incendiada e um caminho ladeado por velas e sinalizadores.
ABSURDO! PM de São Paulo divulgou um vídeo em que policiais militares queimam cruzes e fazem saudação nazista. O perfil oficial no Instagram do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto e região, no interior de São Paulo, apagou o vídeo logo em… pic.twitter.com/vCuGgJQnn1
— Lázaro Rosa
(@lazarorosa25) April 15, 2025
A prática é semelhante a rituais realizados pelo grupo supremacista branco americano Ku Klux Klan, que defende ideais racistas e antissemitas. Em um momento do vídeo, é possível ver dois agentes fazendo uma saudação com seus braços direitos estendidos, em riste.
A PM, no entanto, nega que o ritual tenha qualquer “associação a ideologias de natureza religiosa, racial ou política”. A instituição alega que a ideia era “representar simbolicamente a superação dos limites físicos e psicológicos enfrentados ao longo da instrução”.
“Diante da repercussão e da possibilidade de interpretações distorcidas, o vídeo foi imediatamente retirado do ar, e as circunstâncias de sua produção estão sendo apuradas internamente, com o devido rigor”, prossegue a corporação.
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