Os dois policiais militares de São Paulo que foram denunciados por estuprar uma jovem que pediu ajuda durante Carnaval de 2025, são indiciados por estupro de vulnerável.
De acordo com o portal de notícias R7, a principal prova contra o cabo James Gomes e o soldado Leo Aquino, que estão detidos, veio da câmera de uma rua de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
O resultado do laudo foi inconclusivo para crime sexual, já o exame toxicológico indicou a presença de álcool no sangue da vítima e ainda de três medicamentos psiquiátricos.
Relembre o caso
A jovem havia pedido ajuda em um ponto de ônibus para chegar em casa após um bloco de Carnaval.
Nas cenas gravadas por câmeras de segurança e que se tornaram provas no caso, é possível ver que em torno das 22h30, os policiais entram na contramão em uma rua residencial em São Bernardo do Campo e estacionam a viatura.
As imagens também mostram que o cabo e o soldado saem da viatura e a jovem corre até uma casa para pedir ajuda, as os dois a arrastam de volta para o carro.
Por volta das 22h27, a jovem havia enviado um áudio no qual pedia ajuda e revelava ter sido abusada sexualmente. Segundo registro do Centro de Comunicação da PM, os policiais ainda teriam pedido para que ela pagasse a mensagem. No entanto, na sequência ela encaminhou um vídeo feito de dentro da viatura com imagens dos dois policiais.
Moradores que testemunharam o fato alegam que ouviram a moça pedindo socorro e queria seu celular de volta, mas os PMs alegaram que era uma ocorrência policial.
Após o ocorrido, a câmera corporal de um dos policiais é desligada por 27 minutos. Quando o equipamento é religado, a moça já havia sido deixada no acostamento da rodovia sem a sua bolsa e o celular. Os objetos continuaram com os PMs e foram jogados mais adiante, no Rio Tamanduateí, na Avenida do Estado, já em São Paulo.
Depois de ser abandonada sozinha na estrada, descalça, sem a bolsa e o celular, a jovem foi buscar ajuda em uma delegacia de polícia perto dali.
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