O Irã e os EUA concluíram uma segunda rodada de negociações no sábado com o objetivo de chegar a um acordo sobre o programa nuclear de Teerã, de acordo com a mídia estatal iraniana.
As delegações, lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano Abbas Araghchi e pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, se reuniram em Roma, com Omã atuando como mediador, e se encontraram por pouco mais de três horas.
A primeira rodada de discussões foi realizada em Mascate, capital de Omã, há uma semana. Uma terceira rodada deve ocorrer na próxima semana, informou a agência iraniana IRNA.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã disse anteriormente que seu país estava se engajando nas negociações “de olhos abertos” e com um “compromisso com a diplomacia”. Ele acrescentou que as negociações deveriam permanecer indiretas, semelhantes à primeira rodada, com cada lado trocando notas por meio do mediador.
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Embora o Irã e os EUA tenham considerado a primeira rodada de negociações construtiva, eles posteriormente entraram em conflito sobre suas respectivas demandas e os limites de um possível acordo, além de um aparente desacordo sobre onde as negociações deveriam ocorrer.
Em 15 de abril, Witkoff afirmou que o Irã deveria desmantelar seu programa de enriquecimento de urânio, horas depois de afirmar que o país poderia continuar com o enriquecimento de baixo nível para uso civil. O Irã criticou a mudança, reiterando que sua capacidade de enriquecimento era inegociável.
As negociações também foram precedidas por uma visita a Teerã [bloomberg.com] do chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, que alertou que o tempo estava se esgotando para chegar a uma resolução para o impasse de anos.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reuniu-se com seu homólogo iraniano no sábado, antes das negociações, informou o Ministério das Relações Exteriores. Ele também se encontrou com Grossi.
Araghchi afirmou que Teerã está buscando um acordo razoável e pretende eliminar quaisquer dúvidas sobre a natureza pacífica de seu programa nuclear, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
A Itália mantém laços estreitos com o Irã há muito tempo, mesmo em meio a sanções e tensões com o Ocidente em geral. Sua embaixada em Teerã está entre as mais importantes no Oriente Médio, e Roma tradicionalmente busca mediação e diálogo em vez de confronto com a República Islâmica.
As relações ficaram tensas no ano passado, depois que o Irã prendeu a jornalista italiana Cecilia Sala, dando início a um caso complexo de diplomacia de reféns envolvendo um cidadão iraniano preso em Milão sob um mandado dos EUA. Ambos foram finalmente libertados após negociações com Washington.
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