Saiba se você foi vítima da fraude do INSS e como fazer para reaver dinheiro

Mão segurando celular aberto na tela inicial do aplicativo Meu INSS
Tela inicial do aplicativo Meu INSS – Divulgação

A Polícia Federal (PF) está investigando um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS que teria movimentado ao menos R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. O golpe envolvia descontos indevidos em contracheques de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Embora o número exato de vítimas ainda não tenha sido divulgado, os segurados podem verificar se foram lesados acessando o aplicativo Meu INSS.

Para identificar possíveis fraudes:

  • Acesse o aplicativo ou site Meu INSS.
  • Baixe o contracheque mensal (informe de rendimentos).
  • Verifique todos os descontos realizados, como aposentadoria, pensão e empréstimo consignado.

Se houver cobrança de mensalidade de associação ou sindicato não reconhecida, é possível que se trate de um golpe.

O que fazer ao identificar um desconto não autorizado:

Solicitar a exclusão do desconto indevido via aplicativo Meu INSS.

Bloquear o benefício para impedir novos descontos de associações ou sindicatos.

Judicializar o caso e pedir a devolução do valor, além de possível indenização por danos morais.

Passo a passo para excluir ou bloquear desconto indevido:

Acesse o Meu INSS (site ou aplicativo).

Clique em “Novo pedido”.

Selecione a opção “Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício”.

Atualize os dados, avance, escolha a agência e finalize o processo.

Para bloquear novos descontos, o procedimento é feito na mesma plataforma.

Carlos Lupi de roupa social azul, sério, falando em microfone e gesticulando, sem olhar para a câmera
O ministro da Previdência, Carlos Lupi – Divulgação

INSS pode ser responsabilizado judicialmente

A advogada ressalta que, em muitos casos, a via judicial é o melhor caminho, já que o INSS tem o dever de proteger os segurados contra fraudes. A responsabilidade do órgão pode resultar em indenizações por má gestão dos benefícios.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmaram que a devolução dos valores será analisada caso a caso. Investigações apontam que entidades fraudulentas falsificavam assinaturas para aplicar os descontos ilegais.

A Controladoria-Geral da União (CGU) auditou 1,3 mil aposentados e 29 entidades, constatando que a maioria dos beneficiários não reconhecia os descontos. Ao todo, 11 entidades tiveram contratos suspensos, mas seus nomes ainda não foram divulgados.

Após o escândalo, o presidente do INSS foi afastado do cargo. O ministro Lewandowski afirmou que os criminosos exploraram a vulnerabilidade de pessoas idosas, tirando proveito da fragilidade dos aposentados e pensionistas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi informado da operação pela diretoria da PF e demonstrou preocupação com o caso.

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